RUMO A DOHA, por Vicente Datolli
Nesta semana o assunto são os novos classificados para a Copa do Mundo do Catar
Novos classificados foram conhecidos neste meio de semana
O Portal Futebol Interior traz mais uma interessante coluna semanal do jornalista Vicente Dattoli, abortando temas relacionados a Copa do Mundo de 2022.
Desta vez atrasei, sim. Ou melhor, para não ser injusto comigo mesmo: não havia como escrever nosso Rumo a Doha desta semana sem esperar o fim dos jogos desta terça-feira que classificariam outras sete seleções para o Mundial do Qatar (cinco africanas, duas europeias). Até este dia 29 já tínhamos 20 países classificados: Qatar, Brasil, Argentina, Equador, Uruguai, Inglaterra, Bélgica, Holanda, Dinamarca, Alemanha, França, Espanha, Suíça, Croácia, Sérvia, Arábia Saudita, Irã, Japão, Coreia do Sul e Canadá, que garantiu sua vaga no domingo.
Ainda sem seus lugares assegurados matematicamente, mas com os dois pés no Mundial, estão Estados Unidos (que chegou a desfilar com uma faixa domingo, após golear o Panamá em Orlando) e México, que só perdem seus lugares se a Costa Rica conseguir um milagre. Como tratamos de quem já está com a vaga 100% carimbada – e porque eu esperei por isso para escrever -, quase certamente na próxima semana teremos também os dois países da América do Norte na relação do sorteio que acontecerá nesta sexta-feira.
Vou começar falando da Europa. Portugal não teve problemas para despachar a surpreendente Macedônia do Norte. Venceu por 2 a 0 e garantiu a Cristiano Ronaldo mais uma Copa. Diferentemente de Ibrahimovic, que de novo viu seu sonho desabar. No jogo entre Polônia e Suécia, o melhor do mundo por dois anos seguidos fez a diferença: Lewandovski conduziu sua Polônia para o Mundial. Nos 2 a 0, marcou um gol, suficiente para tranquilizar a equipe e levar os poloneses para Doha (não podemos esquecer que a Polônia “economizou” um jogo ao não enfrentar a punida Rússia).
Nas partidas africanas, sobraram tensão e emoção. Literalmente até o último apito.
Repetindo a final da Copa Africana, até na emoção da decisão em pênaltis, Senegal e Egito duelaram em Dakar. Os herdeiros dos faraós haviam vencido o primeiro jogo por 1 a 0. Perderam pelo mesmo placar levando a decisão da vaga para a prorrogação e, depois, aos pênaltis. Salah abriu a série para o Egito e errou. Para encurtar: só no quinto pênalti saiu um gol – e Mané fechou a série para os senegaleses por 3 a 1. Está na Copa o campeão africano, diferentemente do europeu (Itália) que ficará longe do Qatar em novembro.
Quem também garantiu seu lugar foi Gana, e graças ao chamado gol qualificado. Em casa, empatara por 0 a 0 contra a Nigéria. No jogo de volta, em Abuja, novo empate (1 a 1), com vaga para os ganeses. O Marrocos bateu, de novo, a República Democrática do Congo (4 a 1) e estará no Mundial, assim como a Tunísia, que ficou num magro 0 a 0 contra Mali e valeu-se daquele estranhíssimo gol contra do jogo de ida para festejar a classificação.
Nada, porém, se compara à emoção que marcou o jogo entre Argélia e Camarões. Depois de perder em casa, os Leões Indomáveis venceram pelo mesmo placar, fora – e fomos à prorrogação. No penúltimo minuto do segundo tempo da prorrogação, a Argélia marcou, para delírio do estádio, lotado. Aos 19 minutos, ou seja, no finzinho dos quatro minutos de acréscimo, Camarões empatou e, pelo gol qualificado, ficou com a vaga no Qatar. Após o apito final, milhares de pessoas (incluindo os jogadores, em cenas arrepiantes) choravam.
Finalmente, para encerrar a emocionante terça-feira pré-Mundial (nem vou falar de quem ficou para a repescagem pela América do Sul), foram definidas as equipes que jogarão a repescagem da Ásia (Emirados Árabes e Austrália) e a repescagem da Oceania (Ilhas Salomão e Nova Zelândia). Os vencedores destes confrontos, em junho, enfrentarão os “repescados” da Concacaf (provavelmente a Costa Rica) e da Conmebol (Peru, Colômbia ou Chile).
HISTÓRIA DO AUTOR
Vicente Dattoli é Jornalista Esportivo há mais de 30 anos. Sua primeira Copa do Mundo como profissional de imprensa foi na Itália, em 1990, quando entrevistou Diego Maradona logo após o argentino eliminar o Brasil no Estádio Delle Alpi, que nem existe mais.
Já participou da cobertura de todos os chamados grandes eventos esportivos do planeta, incluindo Jogos Olímpicos, Mundiais de vôlei, basquete, natação, handebol, Fórmula 1, motociclismo, Fórmula Indy, etc.
Se pudesse se definir, diria, apenas, que é um apaixonado pelos Esportes.
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