Ronaldinho Gaúcho e irmão podem deixar a prisão no Paraguai nesta segunda-feira
Acusados de usarem passaportes falsos, os dois estão presos desde o dia 6 de março
Acusados de usarem passaportes falsos, os dois estão presos desde o dia 6 de março
São Paulo, SP, 24 – O futuro do ex-jogador Ronaldinho Gaúcho e seu irmão e empresário Roberto de Assis Moreira, presos em Assunção há cinco meses, será definido nesta segunda-feira.
A Justiça do Paraguai marcou para essa data, às 14 horas locais (15 horas de Brasília), uma audiência que vai julgar o caso dos dois ex-atletas brasileiros. Nela, um juiz analisará se concederá a ambos a liberdade de retornar ao Brasil.
Ronaldinho Gaúcho e Assis são acusados de usarem passaportes falsos para entrar no Paraguai. Os dois foram presos em 6 de março e ficarem por cerca de um mês em um presídio de segurança máxima no país.
Em abril, a Justiça do Paraguai aceitou a transferência para prisão domiciliar, em um hotel de Assunção, após fiança de US$ 1,6 milhão (o equivalente a cerca de R$ 8,5 milhões).
SUSPENSÃO
No último dia 7, os promotores pediram ao juiz a suspensão condicional do procedimento para que o ídolo do Barcelona e seu irmão possam retornar ao seu país.
Com a audiência preliminar “termina basicamente uma das etapas do processo… é onde se analisa o requerimento conclusivo do Ministério Público e se cede a palavra à defesa”, explicou o juiz Gustavo Amarilla à rádio paraguaia Primero de Marzo.
O magistrado disse que na audiência, que será presencial e será realizada na sede do Poder Judiciário do Paraguai, perguntará aos acusados se estão de acordo com a proposta apresentada pelo Ministério Público.
INVESTIGAÇÃO
Os promotores investigavam ainda suposta participação de Ronaldinho Gaúcho e o irmão em uma organização criminosa especializada em falsificação de documentos e lavagem de dinheiro no país sul-americano.
Desde o início das investigações, a defesa dos ex-atletas brasileiros alega que os dois foram enganados e não sabiam que os passaportes tinham sido adulterados.
O caso envolvendo o ex-jogador brasileiro virou um escândalo no Paraguai e atingiu vários funcionários da Diretoria de Migração e do Departamento de Identificação, que emitem passaportes e cartões de identidade, além de fiscais do Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, em Assunção. Dezoito pessoas foram detidas por envolvimento no caso.
Em março, a Justiça havia determinado que Ronaldinho Gaúcho e o irmão precisavam permanecer detidos durante a investigação. O inquérito poderia durar até seis meses para ser concluído, de acordo com as leis paraguaias.