Rogério Ceni reclama de 'excessos' do VAR: '...enche o saco'
O VAR tem atrapalhado, o cara da cabine está decidindo tudo .É o campeonato no mundo que mais tem pênalti. Todo jogo se quer inventar um pênalti.
"Acho que está havendo um preciosismo extremo do o VAR. Eu acho tá chamando muitas situações' - diz o técnico, engrossando o coro
São Paulo, SP, 10 – Rogério Ceni está incomodado com as constantes intervenções do VAR nas partidas, apontadas como excessivas por ele. Depois do empate sem gols com o Atlético-MG, neste domingo, o treinador do São Paulo criticou a parada para analisar um possível pênalti em Hulk após desarme do zagueiro Miranda. A checagem considerada necessária pela arbitragem de vídeo concluiu que não houve falta e o árbitro de campo, Anderson Daronco, manteve a decisão de marcar escanteio.
“Acho que está havendo um preciosismo extremo do o VAR. Eu acho tá chamando muitas situações. O lance que eles tentaram jogar um pênalti do Miranda, é vergonhoso esse lance ter a intervenção do VAR. É desnecessário, seja a favor ou contra. É uma tentativa a mais de pressionar o árbitro, o VAR trouxe mais pressão ao árbitro que árbitro tinha. Antes ele marcava e o jogo seguia”, questionou o treinador são-paulino.
CRITÉRIOS RUINS
“Uma coisa é você determinar uma linha de impedimento, você ver se a bola entrou ou não, uma coisa mais clara. Mas, assim, com a pressão de 50 mil pessoas aqui, cada lance – questionou Ceni. O VAR tem que parar de encher o saco. Vimos o River Plate ser eliminado com um gol legal” O lance do Miranda é claro e cristalino. O VAR tem atrapalhado, o cara da cabine está decidindo campeonato .É o campeonato no mundo que mais tem pênalti. todo jogo se quer inventar um pênalti. Chega nos últimos minutos só se joga pelo VAR”, completou.
BOA ATUAÇÃO
Apesar de reclamação sobre os procedimentos da arbitragem, Ceni estava satisfeito, pois gostou da atuação do São Paulo, que jogou cheio de desfalques. Diego Costa, Gabriel Neves, Rodrigo Nestor, Luciano e Léo tiveram de cumprir suspensão. Já as outras baixas foram por lesão ou outros motivos físicos: Gabriel Sara (cirurgia no tornozelo), Alisson (entorse no joelho), Andrés Colorado (transição física), André Anderson (dores musculares), Arboleda (cirurgia no tornozelo), Caio (cirurgia no joelho), Luan (cirurgia na coxa), Walce (recuperação pós-cirurgia no joelho) e Nikão (aprimoramento físico)
“Só tenho orgulho dos caras com quem trabalho. Diante das circunstâncias, vir aqui e atuar assim…se a gente acreditasse um pouco mais, teríamos conseguido a vitória. Quero destacar o trio de defesa: o Rafinha fazendo uma função que se adapta à linha de cinco e compensa com a qualidade. Luizão fez uma partida gigantesca, enquanto Miranda manteve o nível de atuação”, avaliou Ceni, em uma opinião parecida com a do lateral Rafinha.
PRA GANHAR
“Nós estamos falando do São Paulo, viemos aqui com o objetivo de ganhar. Sabemos que íamos sofrer porque o Atlético Mineiro é muito forte. A equipe soube se comportar, é para parabenizar a rapaziada. Sabemos que a gente poderia ter vencido a partida”, afirmou o jogador em entrevista na saída do gramado.
O São Paulo volta a campo na quinta-feira, quando enfrenta o Palmeiras em clássico decisivo pela Copa do Brasil, na Allianz Arena, depois de vencer o primeiro jogo por 1 a 0.