Roger aposta em história para levar Inter à primeira vitória na Libertadores
Em 1993, pela fase de grupos da Libertadores, o Atlético Nacional complicou a vida colorada, arrancando um empate em Medellín e vencendo no Beira-Rio.

Porto Alegre, RS, 09, (AFI) – O Inter tem um compromisso importante na quinta-feira (11), às 19h, no Beira-Rio, pela segunda rodada da Conmebol Libertadores. Contra o Atlético Nacional, da Colômbia, o técnico Roger Machado busca sua primeira vitória continental no comando colorado e pode alcançar uma marca expressiva: igualar a série de 16 jogos de invencibilidade que viveu no fim da temporada passada. A confiança da torcida é alta, e o Beira-Rio deve receber cerca de 50 mil torcedores.
Com 15 partidas oficiais em 2025, o Inter apresenta números sólidos: 10 vitórias e cinco empates. A arrancada já rendeu o título do Campeonato Gaúcho e a liderança do Campeonato Brasileiro. Agora, o objetivo é transformar o bom momento nacional em força continental.
RECORDE PRÓXIMO
Se evitar a derrota diante do Atlético Nacional, Roger repetirá a sequência invicta que garantiu o Inter no G-4 do Brasileirão de 2024. A série histórica, no entanto, remete ainda mais longe: há 50 anos, o Colorado engatou 21 partidas sem perder, culminando no seu primeiro título nacional, em 1975.
O bom momento é sustentado por uma base sólida dentro de campo. Jogadores como Vitão, Bernabei, Fernando, Alan Patrick e Enner Valencia atravessam grande fase, elevando o nível da equipe. A consistência tática e a entrega em campo criaram uma nova conexão entre time e torcida, alimentada por atuações seguras e vitórias convincentes.
A atmosfera positiva também se explica pela regularidade do time. Sem grandes oscilações, o Inter manteve o padrão de jogo proposto por Roger Machado mesmo nas trocas de elenco obrigadas pelas lesões. A defesa, ainda desfalcada de Juninho e Victor Gabriel, foi reorganizada com Vitão e Rogel, enquanto o ataque deve seguir apostando em Enner Valencia como referência.
BOAS MEMÓRIAS
Para Roger, enfrentar o Atlético Nacional traz recordações especiais. Foi justamente contra o clube de Medellín que o atual treinador conquistou a Libertadores de 1995 como jogador do Grêmio. Na decisão, vitória brasileira e o primeiro grande título internacional da carreira do hoje comandante colorado.
— Está na minha história. O Atlético Nacional é o time de 1995. Tenho um registro emocional positivo. Conheço o caminho das pedras — relembrou Roger em entrevista ao Canal do Inter.
O duelo de quinta-feira também serve para o Inter exorcizar fantasmas antigos. Em 1993, pela fase de grupos da Libertadores, o Atlético Nacional complicou a vida colorada, arrancando um empate em Medellín e vencendo no Beira-Rio. Desde então, as equipes não se enfrentavam em competições oficiais.
Internamente, a semana é de trabalho focado. Roger tem aproveitado os treinos no CT Parque Gigante para ajustar detalhes da equipe e deve repetir a escalação que goleou o Cruzeiro no último domingo. A única dúvida é Carbonero, que não apareceu nas imagens dos treinos desta terça-feira, mas ainda pode reforçar o time.
A ideia do técnico é consolidar a formação e manter o sistema de jogo que deu certo. Com Vitão adaptado à zaga pela esquerda e Rogel firmando-se ao lado, o Inter tenta transformar solidez defensiva em resultados na Libertadores.
O empate na estreia, por 1 a 1 contra o Bahia em Salvador, aumentou a necessidade de vencer em casa. Na fase de grupos, tropeços dentro de casa costumam custar caro, e o Colorado sabe que precisa fazer o dever no Beira-Rio para encaminhar a vaga às oitavas de final.
Se repetir o nível de atuação do último jogo, o Inter tem tudo para sair com os três pontos e, de quebra, ver Roger igualar sua melhor sequência de invencibilidade à frente do clube.