Roberto Dinamite e Milton dos Santos deixam o dia enlutado
O futebol ficou duplamente enlutado com a morte de astro no plano nacional, Roberto Dinamite, e o meia Milton dos Santos, em âmbito caseiro.
Roberto Dinamite morreu aos 68 anos, vítima de um tumor no intestino. Milton dos Santos, aos 82, de complicações após cirurgia
Campinas, SP, 8 (AFI) – Cabe, no momento de sucessivas mortes de pessoas que marcaram passagem pelo futebol, reflexão em texto publicados pelo escritor e jornalista Paulo Coelho de Souza:
‘O homem é o único ser na natureza que tem consciência de que vai morrer, mas mesmo sabendo que os seus dias estão contados e tudo irá se acabar quando menos espera, o homem faz da vida uma luta digna de um ser eterno”.
Em outras palavras: um dia tudo se acaba no plano terrestre. Depois, a nossa alma presta as contas a Deus.
O futebol ficou duplamente enlutado neste domingo com a morte de astro no plano nacional, caso do então centroavante Roberto Dinamite, assim como, em âmbito doméstico, de Milton dos Santos, de bem-sucedida carreira como atleta do Guarani e treinador das categorias de base da Ponte Preta.
DINAMITE
Roberto Dinamite morreu aos 68 anos, vítima de um tumor no intestino.
Para simplificar a passagem dele enquanto atleta, teve perseverança para transformação na carreira.
No início foi tido apenas como centroavante rompedor, que dividia a bola com zagueiros na área adversária, para empurrá-la às redes, assim como explorava a estatura de 1,86m de altura para aceitável aproveitamento no jogo aéreo, no cabeceio.
Consciente das limitações, trabalhou para melhorar o condicionamento técnico, aprendeu a explorar os lados do campo para construir jogadas, e aliou o útil ao agradável.
Conseqüência: participação decisiva nas conquistas dos títulos vascaínos do Campeonato Brasileiro de 1974 e das competições estaduais de 1977, 1982 e 1987.
Também foi presidente vascaíno no rebaixamento do clube à Série B do Brasileiro em 2008, porém, com retorno imediato ao Brasileirão, na temporada seguinte.
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Mais detalhes sobre a carreira dele ficaram reservadas para o áudio Memórias do Futebol, que pode ser acessado no link https://blogdoari.futebolinterior.com.br/
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MILTON DOS SANTOS
Na década de 60, quando prevalecia apenas o prenome de atleta, chegava ao Guarani o meia Milton, para usar a camisa dez que havia sido ocupada por Américo Murolo, apontados por muitos como um dos maiores da história do clube.
Em texto sobre a morte de Pelé, e recordação de um inesquecível jogo do Guarani contra o Santos, em dezembro de 1967, naquele empate por 1 a 1 no Estádio Brinco de Ouro, citei o gol do astro, com choque de cabeça na trave de madeira, enquanto a bola tinha o caminho das redes.
Igualmente foi citado o frangaço do goleiro Gilmar, do Santos, num chute do ‘meio da rua’ de quem acreditava na potência para finalização, caso de Milton, que marcou incontáveis gols com a camisa bugrina, principalmente depois que foi reativada a dupla de meias com Cardoso, também vindo do América de Rio Preto.
PONTE PRETA
Nos tempos em que ex-atletas do Guarani subiam a então Avenida dos Esportes, o saudoso Dimas Monteiro passou a ser preparador de goleiros da Ponte Preta, assim como Milton dos Santos vestiu a camisa preta e branca como treinador no Departamento Amador do clube.
Pois o firme propósito de trabalhar na revelação de ‘pratas da casa’ o fez recusar a proposta para que se fixasse como comandante dos profissionais, após período de interinidade.
E já adotando o nome composto de Milton dos Campos, uma prova de que estava convicto de seus propósitos: levou o time de juniores da Ponte Preta ao bicampeonato da Copa São Paulo de Juniores no biênio 1981/82.
Milton dos Santos já estava com saúde debilitada e morreu neste domingo, oito de janeiro, aos 82 anos de idade.
Texto mais amplo sobre ele é direcionado na coluna Cadê Você, que pode ser acessada no link
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