Rival da Ponte faz operação de guerra para liberar estádio

NOva Lima, MG, 15 (AFI) – A diretoria do Villa Nova-MG e a Prefeitura de Nova Lima não vão medir esforços para realizar as benfeitorias que possam levar à revogação da interdição do Estádio Municipal Castor Cifuentes. No início da noite de quarta-feira, o meritíssimo juiz de direito Átila Almeida, da Comarca de Nova Lima, atendeu à solicitação do Ministério Público e interditou o Alçapão do Bonfim até que algumas pequenas obras sejam feitas para aumentar a segurança e a integridade física do torcedor no local.

Esse ato do Poder Judiciário emana de uma ação civil pública que se desenrola desde 2004, quando foi estabelecido um Termo de Ajustamento de Conduta, TAC, entre o Ministério Público de Nova Lima e o clube. De lá para cá, nem todas as reformas do Castor Cifuentes sugestionadas no TAC foram implementadas.

A maioria das obras, relativas ao interior do estádio, se refere a um laudo do Corpo de Bombeiros, que apontou a necessidade da construção de rampas, mais saídas de emergência, corrimões e escadas de maior largura e menor inclinação. Para contemplar essas reformas em caráter emergencial, o Villa Nova está fazendo um verdadeiro mutirão.

Cerca de 60 operários estão trabalhando em ritmo frenético para efetivar as mudanças apontadas pelo Ministério Público. Até o presidente do Leão do Bonfim, João Bosco Pessoa, que é engenheiro civil,está participando ativamente do esforço coletivo para reabrir o Castor Cifuentes a tempo da realização a partida com a Ponte Preta, pela Copa do Brasil, no dia 21 de fevereiro.

“Nós acreditamos que vamos conseguir fazer as obras necessárias para a liberação do estádio. Assim como conseguimos sensibilizar o TJD, acatamos prontamente a determinação da Justiça e nesta sexta-feira esperamos ter contemplado todos os itens apontados como justificativa para a interdição. Vamos trabalhar diuturnamente e acreditamos que o ilustre juiz Átila Almeida vai compreender o esforço do Villa Nova para atender às determinações da lei”, afirma João Bosco.

Sobre um campo alternativo, em caso de a situação não se reverter em tempo hábil, o presidente do time alvirrubro é enfático.

“Temos convicção de que iremos conseguir fazer as mudanças no Castor Cifuentes e obter a revogação da interdição. Nem temos um plano B estabelecido ainda, mas caso seja necessário, existe um ótimo diálogo com o América e o Democrata-SL. Já conversamos previamente com o presidente Antônio Baltazar (América) e Humberto Timo (Democrata) e se for preciso utilizaremos ou o Independência ou a Arena do Jacaré, em Sete Lagoas”, encerra o dirigente villa-novense.