Rio Preto e atacante travam briga judicial sombria

De um lado o clube afirma ter prorrogado o contrato de Leandro Silva. Do outro lado, advogado do atleta insinua que o atacante tenha sido enganado pelos cartolas do Jacaré

São José do Rio Preto, SP, 12 (AFI) – Mal explicada e longe de uma decisão. É assim que pode ser explicada a briga judicial entre o Rio Preto e o atacante Leandro Silva, 20 anos, que deixou o Jacaré em agosto e se transferiu para o Vissel Kobe, time da segunda divisão do Japão. Na ocasião, o atleta teve sua multa rescisória de R$ 270 mil paga pelos japoneses e foi liberado para atuar no Oriente.

No entanto, o Rio Preto entrou na Justiça argumentando que havia prorrogado o contrato de Leandro Silva, dessa vez com salário de R$ 800,00 e uma nova multa: R$ 1,40 milhão. Nem mesmo os tribunais sabem a decisão que deve ser tomada. Nesta última segunda-feira, a disputa entre clube e atacante ganhou mais um capítulo.

Em audiência na primeira vara da Justiça do Trabalho, a juíza Alcione Maria dos Santos Costa Gonçalves pediu uma perícia na assinatura do jogador na tal prorrogação do “novo” contrato com o clube, onde Leandro diz não reconhecer sua assinatura.

Outro pedido da juíza foi o original da prorrogação do contrato. O Rio Preto apresentou na última audiência apenas uma cópia, já que o original fica em posse da Federação Paulista de Futebol.

“Nós já pedimos à Federação e o contrato deve chegar em 15 dias. Em 30 dias sai o laudo da perícia, e nossa única reivindicação é a diferença da multa”, explicou o advogado do clube, Adolfo Natalino.

Por outro lado, o advogado do atacante, Aldo Geovane Kurle, alega que Leandro foi enganado pelo diretoria riopretense. . “O contrato foi feito em maio e só foi registrado em agosto, depois que o jogador foi embora”, indignou-se Aldo.

Time
Em jogo-treino, o Rio Preto venceu ontem o sub-19 do Mirassol por 1 a 0, com gol do atacante Hamilton. O volante Leandro Rincón não faz mais parte do elenco e foi emprestado para o Rio Branco de Americana.