São José do Rio Preto, SP, 1 (AFI) – A situação do Guarani fica cada vez pior. Em uma das piores atuações dos últimos tempos do time, na estréia do técnico José Luiz Carbone, o Guarani foi facilmente batido pelo Rio Preto, por 5 a 0, pela 11ª rodada do Campeonato Paulista da Série A-2.

E nem acabou
A partida foi encerrada aos 27 minutos do segundo tempo, quando uma forte chuva, junto com um vento que arrastava placas de publicidade para dentro dos gramados, amedrontou a todos que estavam presentes no estádio. As cabines de rádio ficaram todas alagadas e as telhas do telhado voavam pelas arquibancadas.

E como no regulamento da Federação Paulista de Futebol (FPF) está que, se a partida for paralisada com 72 minutos de jogo ou mais, a partida poderá ser encerrada legalmente, o árbitro Eleandro Pedro da Silva decretou fim de jogo.

Sem vontade e com um futebol horroroso, o Bugre não mostrou nenhum poder de reação e desde o apito inicial foi dominado pelo adversário, que fez da partida um treino de luxo.

Com a acachapante derrota, o Guarani permanece na 16ª colocação, com 11 pontos. O Rio Preto encostou nos líderes e é o terceiro colocado, com 21 pontos, três a menos que os líderes União São João e Portuguesa.

Como era de se esperar
Jogando em casa e querendo a vitória para encostar nos líderes, o Rio Preto começou em cima, pressionando o Guarani, recuado e que bobeava na marcação, além de não construir nenhuma jogada ofensiva. Em uma besteira de Danilo Silva, que, sentindo-se pressionando, colocou a bola para escanteio, o Rio Preto criou sua primeira chance.

Depois de um bate e rebate, Clayton pegou a sobra, mas chutou muito por cima do gol de Buzetto. Se na primeira chance o atacante do Jacaré desperdiçou, aos seis minutos foi diferente. Clayton pegou a bola no lado direito, envolveu o zagueiro Márcio Rocha, que saiu desesperado atrás do adversário, e bateu cruzado, sem chances para o goleiro bugrino, marcando seu quinto gol na A-2.

E o Rio Preto não se contentou com apenas um gol. O meia Everton arriscou um forte chute de fora da área, obrigando Buzetto espalmar para escanteio. Na cobrança, o meia Badi alçou a bola e o zagueiro Gilberto subiu bem e, sozinho, cabeceou firme para o chão, fazendo 2 a 0 já aos 15 minutos.

Outro lance de bola parada levou perigo para o Guarani. Everton cobrou falta perigosa na meia-lua, Buzetto chegou a ir para a defesa, no entanto a bola saiu. Parecendo que estava em um treino de luxo, o Rio Preto tocava a bola e envolvia como queria a defesa campineira.

Aos 29 minutos, depois de jogada de linha de fundo e uma bola rolada para trás, Badi chegou chutando forte para o fundo das redes. Com tanta facilidade, Wesley se deu ao direito de perder gol feito. Aos 39 minutos, o atacante, cara a cara com gol, bate de esquerda e a bola saiu raspando a trave.

E continua o show
Mal começou o segundo tempo e o Rio Preto já marcava seu quarto gol. No primeiro minuto, Badi cobrou falta e Clayton, em nova falha da defesa bugrina, cabeceou para o gol. Com este tento, Clayton chegou ao sexto gol na competição, se isolando na liderança da artilharia. E o Guarani começou a perder a cabeça cedo.

O lateral-direito Lucas deu uma entrada violenta em Reivan e o árbitro da partida não pensou duas vezes em expulsar o jogador bugrino. Se estava fácil, ficou mais fácil ainda. Everton fez boa jogada individual e tocou para Clayton, que, aos 14 minutos, bateu forte na saída de Buzetto.

Próximos Jogos
Os dois time voltam a campo no próximo domingo. O Rio Preto enfrenta o ameaçado Mogi Mirim, em Mogi Mirim, às 16 horas. O Guarani volta a atuar fora de casa. Vai até Mirassol, onde jogará contra o Mirassol, também às 16 horas.

Ficha Técnica

Rio Preto 5 x 0 Guarani
Local: Estádio Anísio Haddad, em São José do Rio Preto-SP
Data: 01/03/2007
Árbitro: Eleandro Pedro da Silva
Público: 655 pagantes
Renda: R$ 4685,00
Cartões Amarelos: Clayton
Cartão Vermelho: Lucas (Guarani)
Gols: Clayton, aos 6’/1T, ao 1’/2T e aos 14’/2T, Gilberto, aos 15’/1T, Badi, aos 29’/1T(Rio Preto)

Rio Preto
Pitarelli; Mazinho, Eder Baiano, Gilberto e Reivan; Bira, Mário André, Badi e Everton (Cacique); Wesley e Clayton.
Técnico: Luciano Dias

Guarani
Buzetto; Danilo Silva, Márcio Rocha e Lino; Lucas, Macaé, Gustavo (Dimas), Vitor Rossini e Adílio (Rogério); Deyvid e Robson (Anderson).
Técnico: José Luiz Carbone