Reserva Luan salva Ponte Preta de derrota para o Tombense
Goleiro Luan foi testado e aprovado com louvor. Se não fosse ele, com certeza, a Macaca voltaria com uma derrota nas costas de Muriaé
Foi um jogo de dois tempos distintos, com predomínio da Ponte Preta na maior parte do primeiro tempo, e do Tombense no segundo
Campinas, SP, 15 (AFI) – No empate sem gols entre Tombense e Ponte Preta, na tarde deste sábado em Muriaé, interior mineiro, analista de futebol rabiscou o papel de anotações basicamente após as substituições procedidas pelos treinadores Bruno Pivetti e Hélio dos Anjos.
Ao longo da partida, sobre chance real da Ponte Preta, os tais analistas usaram a caneta apenas apenas aos 29 minutos do segundo tempo, quando em contra-ataque o atacante Barcia chutou fraco e facilitou a defesa do goleiro Felipe Garcia.
TEMPOS DISTINTOS
Foi um jogo de dois tempos distintos, com predomínio da Ponte Preta na maior parte do primeiro tempo, enquanto foi o Tombense quem mais se aproximou da área dos visitantes após o intervalo.
Aí você escuta comentaristas de televisão falarem deste tal predomínio da Ponte Preta, sem que a análise fosse contextualizada.
Vai aí, então a justificativa adicional.
Como de hábito, a Ponte Preta coloca em prática marcação sob pressão na saída de bola do adversário, mesmo na condição de visitante.
Como claro está a falta de qualidade dos jogadores do sistema defensivo do Tombense para valorizar a saída de bola, foram induzidos ao erro.
Ora ‘quebravam a bola, ora o passe alongado presenteava o time pontepretano, que ganhava a chamada ‘segunda bola’ e, incontinente, prevalecia a melhor organização do time pontepretano para valorização de posse de bola.
Problema é que quando ela chegava nas imediações da área adversária, também faltava qualificação para o complemento. Por que isso ocorria?
Meia Élvis se apresentou com muitíssimo menos mobilidade e só tocava a bola, sem se aproximar da área adversária.
O mesmo ocorria com o lateral-esquerdo Arthur, nem de longe aquele jogador de desafogo.
Então, esperar que os atacantes Echaporã e Ribamar definam jogadas na individualidade?
Assim, as incursões ofensivas da Ponte Preta, no primeiro tempo, se restringiram ao lado direito, com atrevimento do lateral Norberto e volante Léo Naldi por ali. Apenas isso.
AFROUXADA
Como é impossível um time insistir em marcação pressão no campo ofensivo por tempo indeterminado, a medida que a Ponte Preta afrouxou a marcação, isso serviu de desafogo para o Tombense, a partir da metade do primeiro tempo.
Tanto que lançado pelo meia Jean Lucas, o centroavante Ciel teve a mais clara chance de gol, aos 29 minutos, mas chutou a bola para fora.
SEGUNDO TEMPO
Hão de indagar: por que a Ponte Preta não retomou o ritmo do início da partida, após o intervalo?
A resposta é simples: por ter atuado bem desfalcada, ficou claro que jogadores reservas, escalados, estão em estágio físico inferior aos titulares, e isso ficou claro em relação ao lateral-direito Norberto, volante Fraga e os atacantes Echaporã e Ribamar.
Logo, sem praticar a costumeira intensidade, a Ponte Preta ofereceu generosos espaços para que o Tombense pudesse trabalhar a bola e até ameaçasse a partir da segunda metade do segundo tempo, quando o seu treinador Bruno Pivetti ‘oxigenou’ o time nas substituições.
DEFESAS DE LUAN
Reflexo disso foram duas reais oportunidades de gols, neutralizadas por precisas defesas do goleiro pontepretano Luan, que ocupou o lugar do suspenso Caíque França.
Primeiro aos 35 minutos, quando Kleiton acertou cabeçada e Luan se esticou para espalmar a bola, que ainda tocou no travessão.
Depois, na projeção do meia Jean Lucas, livre de marcação, mas, na finalização, Luan se adiantou e praticou a defesa, aos 43 minutos.
ECHAPORÃ X KEKÉ
Pra arrematar, a indignação do parceiro Tio Lei com a escalação do atacante de beirada Echaporã, da Ponte Preta, é plenamente justificável, pois trata-se de jogador fraco.
Todavia, prezado Tio Lei, nada se compara ao paupérrimo futebol do atacante Keké, do Tombense.
Fosse no meu tempo de varzeano dos anos 60 e 70, no ainda existente Arco-íris, Keké sequer subia no caminhão.