Régis estava sem clube há três meses e nove dias; aí o Guarani apostou na reviravolta

No futebol, quando o atleta já demonstrou qualidade em algum clube que passou, é recomendável não descartá-lo.

Ele estava dando sopa no mercado desde o dia 1.º de janeiro

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No dia nove de março passado, quando a diretoria do Guarani anunciou a contratação do meia Régis Augusto Salmazzo, 28 anos, já houve precipitados, nas redes sociais, citando que o clube estava trazendo ‘bonde’.

No futebol, quando o atleta já demonstrou qualidade em algum clube que passou, é recomendável não descartá-lo.

Por ‘ene’ razões ele pode ter oscilado, mas a prudência indica verificação criteriosa sobre queda de rendimento.

Pois esse Régis, agora elogiado em prosa e verso até pelos adversários do Guarani, ficou dando ‘sopa’ no mercado desde o dia primeiro de janeiro passado.

CRUZEIRO

Como o contrato dele com o Cruzeiro foi encerrado no dia 31 de dezembro do ano passado, sequer houve interesse do clube na prorrogação, mesmo com o Campeonato Brasileiro da Série B ainda em andamento.

Em primeiro de janeiro deste ano o clube comunicou o desligamento oficial do atleta, e pouco depois surgiu a informação de ingresso dele na Justiça Trabalhista, com cobrança de dívida calculada em R$ 577.362,36.

Quem mira apenas no histórico de Régis pelo Cruzeiro, com perda da titularidade e apenas três gols em 29 jogos, de certo até deu razão à diretoria cruzeirense.

Por sinal, o retrospecto dele não era recomendável desde 2018, quando atuando pelo Bahia em 43 jogos havia marcado apenas seis gols, mesma marca atingida agora no Guarani em 14 partidas, com o diferencial de ter entrado durante o segundo tempo em várias dessas ocasiões.

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Régis caiu como uma luva no time do Guarani

CORINTHIANS E BAHIA

No Corinthians ficou no jejum atuando sete vezes em 2019, fato que se repetiu na última passagem pelo Bahia, porém em dois jogos.

Isso contrasta com atuações convincentes registradas no próprio time baiano em 2017, quando encantou torcedores em convincentes atuações, resultantes de 13 gols em 49 jogos.

RESSURGE

Então, ressurge no Guarani o Régis do Bahia, e sabe-se lá se a iniciativa de contratá-lo foi do executivo de futebol Michel Alves, ou houve persuasão de empresários do futebol, na tentativa de recolocá-lo no mercado.

Seja como for, o Guarani tem sido bem-sucedido pela postura, enquanto clubes concorrentes hesitaram na contratação.

A prática mostra que o Guarani fez bom negócio, principalmente considerando-se a faixa salarial do atleta, aquém daquilo que já recebeu em grandes clubes como São Paulo e Palmeiras.

GIRO E FINALIZAÇÃO

Além da boa visão de jogo para participar de tabelas com companheiros de ataque, Régis tem uma qualidade herdada de boleiros do passado: facilidade para giro rápido quando fica de mano com zagueiros adversários. Aí já ajeita a bola de imediato, visando a finalização com a canhota.

E para contrariar quem diz que canhoto não chuta com a direita, o golaço contra o Cruzeiro, ao driblar dois adversário e só deslocar a bola do goleiro Fábio, foi a resposta.

Acaso? Não. Diante do Operário, em Curitiba, também marcou gol com a perna direita.

O acerto na contratação de Régis recomenda que o Departamento de Futebol do Guarani seja elogiado.

Se nos erros as ‘bordoadas’ são imperdoáveis, por que agora não haver reconhecimento.