Quem diria que o Guarani seria goleado pelo Vasco?
Os vascaínos souberam aproveitar os vacilos e marcaram os gols em São Januário.
Time campineiro começou bem, mas o Vasco fez os gols em cima de vacilos
O futebol bonito praticado pelo Guarani, com a bola rolando de pé em pé até as proximidades da área adversária, dá perspectiva, ao torcedor, que o gol seria questão de tempo.
Pois na noite deste sábado, no Rio de Janeiro, o Vasco estava sim ‘amassado’ em seu campo no início, mas a beleza plástica bugrina sequer havia sido traduzida em chance real para inaugurar o placar, quando um erro em sequência de seu sistema defensivo resultou em gol dos vascaínos, aos oito minutos.
Após erro de reposição de bola do goleiro Gabriel Mesquita, o adversário a recolocou na área bugrina, com vacilo do novato quarto-zagueiro Titi para interceptação. Disso se aproveitou Bruno Gomes para em leve toque colocar seu companheiro Marquinhos Gabriel de frente com o goleiro bugrino: Vasco 1 a 0.
O instável Titi voltou a falhar em cobrança de escanteio, quando permitiu que o zagueiro Ernando, do Vasco, ficasse livre para finalizar, mas pra sorte dos bugrinos o chute foi pra fora.
Entre essas duas jogadas vascaínas citadas, o chute do meia Régis em cobrança de falta teve o endereço do ângulo direito, e aí apareceu sim o goleiro Vanderlei para praticar defesa de destaque aos 12 minutos, diferentemente de outras duas normais do mesmo meia bugrino, aos 20 minutos.
Afora isso, uma bola espirrada já na área se ofereceu ao atacante Davó, que finalizou para fora.
Portanto, aquele fluxo ofensivo do Guarani, aparentemente vistoso, não foi completado com funcionalidade.
PÊNALTI
Já os vascaínos, sabiamente aproveitaram a instabilidade do polivalente Pablo escalado na lateral-direito como atalho para ampliar a vantagem.
Todavia o segundo gol do Vasco foi fruto de erro do árbitro alagoano Denis da Silva Ribeiro Serafim, que interpretou como pênalti um carrinho na bola do zagueiro Thales do Guarani sobre o atacante Léo Jabá, ocasião em que o atacante Kano, do Vasco, converteu a cobrança aos 28 minutos.
É fato que o Guarani se ressentiu das ausências de titulares como o lateral-direito Diogo Matheus, zagueiro Ronaldo Alves e principalmente do atacante Júlio César, mas aí o treinador Daniel Paulista se equivocou ao escalar mais uma vez o ineficiente atacante de beirada Matheus Souza.
ANDRIGO
Se havia esperança de reação bugrina no segundo tempo, ela caiu por terra com o nítido cansaço de Régis, logo no começo daquela etapa.
A tentativa do treinador bugrino em revitalizar a ‘meiúca’ com a entrada de Andrigo no lugar de Matheus Souza, já aos 11 minutos, não teve efeito prático, pois Andrigo foi jogar aberto pelo lado direito, enquanto Bruno Sávio e Davó se alternavam centralizados e na faixa da esquerda.
Por sinal, houve condescendência da arbitragem quando propositadamente o volante Rodrigo Andrade atingiu Bruno Gomes, caído, aos 14 minutos.
Foi típico lance de cartão vermelho, mas o juiz preferiu aplicar apenas o amarelo.
VASCO MELHOR
Com a vantagem no placar, o Vasco soube se resguardar para evitar espaços de penetração dos bugrinos e soube usar velocidade nos contra-ataques, quando em várias ocasiões explorou a defensiva do Guarani desarrumada.
Como era noite de erros de avaliação do treinador Daniel Paulista, a desarrumação da equipe bugrina se completou quando ele sacou Titti para entrada de Lucão, o que provocou recuo do volante Bruno Silva à zaga aos 22 minutos, que em seguida marcou gol contra.
Até que o Guarani diminuiu a vantagem do Vasco com gol de cabeça de Lucão, aos 36 minutos, mas ao oferecer contra-ataque ao mandante correu risco em lances consecutivos. Se Léo Jabá, livre na área, permitiu defesa do goleiro Gabriel Mesquita no primeiro lance, no segundo, aos 41 minutos, selou a goleada: 4 a 1.