Queiroz coloca fim em polêmica com Klinsmann e projeta fazer história com o Irã
O treinador quer levar Irã pela primeira vez às oitavas
Chega de polêmica. O técnico do Irã, Carlos Queiroz, não quer mais saber de assuntos extracampo relacionados à discussão pública com o alemão Jürgen Klinsmann. O treinador pediu concentração total na partida com os Estados Unidos, marcada para esta terça-feira, às 16h (horário de Brasília), no Al Thumama Stadium.
Nos últimos dias, as declarações de Klinsmann conturbaram a delegação do Irã, que resolveu colocar um ponto final do assunto para focar exclusivamente no objetivo da seleção de chegar nas oitavas de final da Copa do Mundo. As declarações do ex-técnico dos Estados Unidos e da Alemanha e membro do Grupo de Estudos Técnicos do Catar foram consideradas racistas por Queiroz e pela Federação Iraniana de Futebol.
“Sem comentários. Só digo que, no que eu entendo sobre futebol, um time tem de ser baseado em ética e princípios do que é um time. Quando nos comprometemos a esses princípios, só podemos ser melhores e mais fortes. É o que eu sempre acreditei e o que eu trabalhei. O desafio que os jogadores têm é de serem melhores e crescerem”, explicou o treinador.
Irã e Estados Unidos disputam uma vaga nas oitavas de final do Grupo B. A equipe iraniana tem três pontos e classifica em caso de empate, desde que País de Gales (um) não goleie a Inglaterra (quatro). A seleção americana tem dois, na terceira posição.
“Vai ser um jogo muito especial para nós. Para mim particularmente. Estar com o Irã pela terceira vez, capaz de classificar o time, me deixa orgulhoso. Vamos tentar fazer o nosso melhor, sem nenhuma dúvida. Os EUA são a seleção com as melhores performances no grupo. Eles jogaram muito bem no primeiro e no segundo jogos, os outros times não foram tão consistentes, inclusive o nosso. Sabemos das dificuldades. É um time muito bom, organizado, com o mesmo sonho. Eu espero que amanhã possamos colocar nosso limite, nossa alma, nossas habilidades para que a gente consiga a classificação”, avisou.
PRA HISTÓRIA
O treinador lembrou que uma classificação seria histórica para a equipe iraniana. “Se quisermos ter a chance de avançar, precisamos ser o melhor time em campo. Podemos nos classificar pela primeira vez para a segunda fase. Seria a maior motivação. Para nós, acho que é mais especial do que para eles. Porque eles se classificaram em 1994. Para nós, seria a primeira vez”, finalizou.
O Irã disputa a sua sexta Copa do Mundo, a terceira seguida. Antes, esteve em 1978, 1998, 2006, 2014 e 2018, mas jamais passou da fase de grupos em Copas do Mundo.
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