Que humilhação, hein Ponte Preta!
Esperava-se, ao menos, que a Ponte Preta fosse vender 'caro' uma derrota para o Corinthians, mas na prática equívocos de Hélio dos Anjos contribuíram para o fracasso.
Aquele processo de aprendizagem dele com o diretor-mor da Ponte Preta, Peri Chaib, o vento levou. Eberlin desaprendeu o caminho das pedras
Campinas, SP, 12 (AFI) – Que o Corinthians era nitidamente favorito contra a Ponte Preta, ninguém ousou discordar. Daí ao time pontepretano sair da capital paulista com tamanha humilhação, na goleada por 5 a 0, isso é demais.
E um monte de gente tem culpa no cartório, a começar pelo presidente Marco Eberlin, que desaprendeu os caminhos das pedras.
Quem diria que, desatualizado, fosse contratar tão mal? Que não tivesse discernimento do jogador fraco para o mais ou menos?
Aquele processo de aprendizagem dele com o diretor-mor da Ponte Preta, Peri Chaib, o vento levou.
Do contrário, não se equivocaria na permanência do treinador Gilson Kleina até o vexame no dérbi campineiro, e se aprofundaria sobre os conceitos do sucessor Hélio dos Anjos, antes de contratá-lo.
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DERROTA ANUNCIADA
Esperava-se, ao menos, que a Ponte Preta fosse vender ‘caro’ uma derrota para o Corinthians, mas na prática equívocos de Hélio dos Anjos contribuíram para o fracasso.
Se estava claríssimo que o garoto Jean Carlos, lateral-esquerdo, tem terríveis deficiências na marcação, por que escalá-lo?
Não havia outra opção? E aí, não caberia improvisação?
Escalando-o, seria imprescindível um seguro esquema de cobertura, até porque contar com o quarto-zagueiro Fabrício para a função é um equívoco.
A rigor, as falhas sobre falhas de Fabrício em jogos anteriores jamais indicariam que tivesse vaga no time.
Por sinal, o que está fazendo Fábio Sanches no elenco?
WESLEY E MATHEUS ANJOS
O que o time pontepretano teria a ganhar com a entrada do volante Wesley?
Nem em organização, e muito menos na marcação.
Aí o treinador sacou o atleta no intervalo, num atestado de erro na escalação.
A falta de comprometimento do meia Matheus Anjos, que sequer fazia recomposição para ajudar na marcação pelo lado esquerdo do campo, recomendava que fosse sacado no intervalo.
O lateral-direito Facner, do Corinthians, apoiou o ataque como quis, e pelo setor caíram outros jogadores, sem que Matheus Anjos tivesse comprometimento para ajudar na marcação.
A rigor, aos 24 minutos do segundo tempo, quando a Ponte já tomava uma ‘sacolada’, ele se atreveu a jogada de calcanhar, e quase entregou a ‘rapadura’.Só depois disso Hélio dos Anjos trocou-o pelo meia Thales.
TRÊS GOLS NO 1º TEMPO
Se a Ponte Preta foi ao campo com apenas um atacante nato, caso de Ribamar, natural que o time se precavesse para evitar contra-ataques.
No entanto, no primeiro gol do Corinthians, foi dado liberdade para que Gustavo Silva conduzisse a bola, até que o meia Renato Augusto acertasse chute indefensável aos 15 minutos.
No segundo, Facner cruzou rasteiro e Paulinho bateu forte na bola, no ângulo, em descuido do volante Léo Naldi que não o acompanhou, aos 44 minutos.
Em contra-ataque do Corinthians e outro vacilo da defesa pontepretana, desguarnecida – e Fabrício sem recuperação -, Gustavo Silva ampliou aos 48 minutos.
E o placar só havia sido mais elástico porque um minuto antes, na finalização de Gustavo Silva, a bola chocou-se na trave.
Foi o período em que a Ponte só se aproximou da área do goleiro Cássio em jogada individual de Ribamar, com chute para fora, visto que havia perdido o ângulo para o arremate.
MAIS DOIS
Se Hélio dos Anjos pagou pra ver a ‘avenida’ Jean Carlos, viu.
Nas costas dele o garoto Adson do Corinthians foi lançado, pra variar o zagueiro Fabrício chegou atrasado na cobertura, e o chute rasteiro representou o quarto gol aos 16 minutos.
Foi quando o Corinthians passou a se poupar, mas as deficiências no lado esquerdo defensivo da Ponte foram um convite a ser explorado.
Por isso que Gustavo Mantuan ‘fechou ‘ o caixão’ aos 49 minutos, em jogo que no segundo tempo a Ponte só teve uma chance real, em jogada pessoal do atacante Pedro Júnior, com Facner salvando em cima da risca fatal.
BETO ZINI
Há quem conteste dirigente que interfere em escalação, estilo ex-presidente Beto Zini do Guarani.
Todavia isso é essencial para que sejam evitadas distorções de treinadores, como as cometidas por Hélio dos Anjos na escalação do time pontepretano.
No caso específico, poderia ter sido persuadido para que evitasse escalações de Fabrício, Jean Carlos e Wesley.
Claro que o treinador tem que conviver com escalações de atletas que mostraram claras deficiências, como o lateral-direito Kevin, que ainda provocou expulsão após entrada desleal no atacante Willian, do Corinthians.
FESSIN
O que a Ponte teria a ganhar conseguindo junto ao Corinthians a escalação do meia Fessin?
Atletas emprestados pelo Corinthians estavam impedidos de atuar contra o clube de origem, foi informado pela mídia em geral.
E aí, quais os termos da negociação para a liberação de Léo Santos e Fessin?
Teve pagamento de multa no negócio, ou foi tudo resolvido amigavelmente?
Até seria admissível um esforço para a escalação de Léo Santos, apenas ele.
