Que falta faz aquele diretor de futebol raiz, na Ponte Preta
Falta à Ponte Preta um diretor de futebol capaz de sentir o clima no vestiários e controlar o elenco dentro e fora de campo.
Aqueles que 'a quilômetros de distância' tinham olhos de lince pra enxergar comportamento do atleta dentro e fora de campo
Por ARIOVALDO IZAC
Campinas, SP, 21 (AFI) – A configuração do futebol da Ponte Preta nos remete a décadas passadas do quão importante era o clube contar com o diretor raiz para a pasta.
E olhem que ela contava de sobra com esses homens, como Peri Chaib, Geraldo Camargo e Luiz Antonio Campagnone.
Aqueles que ‘a quilômetros de distância’ tinham olhos de lince pra enxergar comportamento do atleta dentro e fora de campo, com o pronto diagnóstico e firmeza nas decisões.
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ÉLVIS, CASO À PARTE
O meia Élvis é um caso à parte.
Ainda quando da renovação do último contrato, sugeri aos dirigentes do clube que optassem pela cláusula que vinculasse os vencimentos à produtividade, proporcionalmente ao número de jogos disputados.
No peso adequado e pelo refino do futebol, inegavelmente a escalação da equipe obrigatoriamente teria ele e mais dez.
Fora disso, trabalho de recondicionamento e aconselhamento para dieta alimentar.
Como a cartolada fez opção pelo contrato no modelo convencional, na prática o que se viu foi o atleta andando basicamente em campo, e ultimamente perdendo espaço entre os titulares.
RENDIMENTO FÍSICO
Sabe-se lá por quais razões outros atletas do elenco pontepretano também tiveram significativa queda de rendimento físico, com consequência no aspecto técnico. E isso culminou com perda de espaço entre os titulares.
Por que será, hein?
Diretor de futebol raiz, ou aqueles supervisores das antigas, teriam respostas práticas para a citada questão.
Quantas e quantas vezes, ao longo de minha carreira enquanto repórter, flagrei atleta com queda de rendimento físico pautado para treino em separado, a partir das sete horas da manhã, até que se recondicionasse.
NELSINHO BAPTISTA
Evidente que o agora demissionário treinador da Ponte Preta, Nelsinho Baptista, conviveu com esse dilema e deduz-se que foi tocando o barco na base do ‘quem quer, quer; quem não quer, não quer’.
E assim foi afastando aqueles que já não mostravam o mesmo comprometimento.
Fazer futebol é bem mais difícil do que o torcedor pode imaginar, por situações que na maioria das vezes não é informado.
No caso Élvis, Nelsinho ainda teve ‘peito’ para enfrentar parte da mídia que cobrava a escalação dele, assim como torcedores igualmente induzidos por uma ou outra enfiada de bola de ‘três dedos’.
Futebol tem essas complexidades, pois ao se abrir precedente para um atleta inevitavelmente os outros também querem usufruir.
CORDA NO PESCOÇO
Como será o futebol da Ponte Preta nesta reta de chegada da Série B do Brasileiro, só o tempo dirá.
Oxalá que ela junte os cacos e arrume um jeito para tirar a corda do pescoço a partir da próxima quarta-feira, ao recepcionar o igualmente ameaçado Brusque.
E vai ficar sem o intempestivo centroavante Jeh, que ‘conseguiu’ provocar cartões amarelo e vermelho no dérbi, o que vai provocar suspensão de dois jogos.
Inacreditavelmente transformaram uma situação relativamente estável da Ponte em algo perigoso.
Aí me lembro daqueles que inadvertidamente – lá atrás – ainda faziam contas de quanto ela estaria precisando para chegar ao G4.
Pode isso, Arnaldo?