Campinas, SP, 26 (AFI) – Como sempre no Guarani, não se passa um dia sem uma turbulência. Parecia que as coisas podiam melhorar, quando o diretor de futebol do alviverde, José Carlos Hernandes, anunciou a chegada do novo técnico, José Luiz Carbone. Mas logo na seqüência, Hernandes preferiu, sem se informar sobre o assunto, criticar a imprensa campineira por conta de sua própria incompetência.

Tudo porque, o Bugre tentou a contratação do atacante Genilson e do meia do Guarantiguetá, Nenê, e fracassou. São mais dois jogadores que não desejam jogar em um clube que tem a pior fama no futebol brasileiro: ou seja, de mal pagador. Sem saber do passado nebuloso de Nenê, Hernandes culpou a imprensa pela falta de acerto, ao invés de agradecer, por não contratar mais uma “barca” para o elenco.

“Estivemos em Guaratinguetá e infelizmente não conseguimos contratar os jogadores graças a um site que soltou uma matéria falando mal do Nenê, aí não foi possível a negociação. Mais uma vez, a imprensa campineira nos prejudicou”, se lamentou o diretor de futebol, que não sabe da verdadeira fama de Nenê e se soubesse nem teria colocado o atleta na lista de reforços do time.

Uma prova de que o fracasso da transação não foi culpa da imprensa é que na última semana o Guarani tentou um acerto com o experiente meia Sérgio Manoel. Ele acabou indo para o desconhecido Ceilândia e afirmou que sabia da fama do Guarani e por isso não veio para Campinas.

E isso não aconteceu somente com Sérgio Manoel. A cada ano que passa, mais jogadores não vêm para o Brinco de Ouro devido a incompetência de quem conduz o Guarani.

Por não pagar salários aos jogadores, o Bugre perdeu na reta final do Brasileiro da Série B do último ano mais de 10 jogadores e, quase sem jogadores, foi rebaixado para a Série C do Brasileiro. Talvez a culpa seja também da imprensa.