Quando vão tirar de circulação delinquentes infiltrados nas torcidas de Guarani e Ponte?

Torcedores dos clubes campineiros voltaram a brigar na noite de quarta-feira

Quando vão tirar de circulação delinquentes infiltrados nas torcidas de Guarani e Ponte?

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Até os anos 80 o saudoso torcedor do Guarani Hilário Fornazieri entrava no Estádio Moisés Lucarelli pelos portões principais em dérbis, atravessava toda extensão das sociais e cadeiras vitalícias, para se juntar aos demais bugrinos na cabeceira da Fepasa.

Claro que no percurso ouvia gozações, xingamentos e respondia apertando o distintivo do Guarani na inseparável camisa verde usada em dias de jogos.

Conceição, torcedora símbolo da Ponte Preta, repetia sempre o bordão ‘nós vamos ferver no chiqueiro’, antes de dérbis no Estádio Brinco de Ouro, mas na prática cumpria o real papel designado a torcedores: incentivar o seu time.

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Assim era a sadia rivalidade dos clubes de Campinas, exceto raros casos que fugiam do controle.

DELINQUENTES

O tempo passou e não se deram conta que de ambos os lados começaram a surgir delinquentes rotulados de torcedores.

Eles foram se multiplicando com benesse de cartolas, do tipo ingressos e caravanas gratuitos, e eles foram se considerando importantes.

Em grupo tornaram-se valentões e, fazendo trocadilho de um provérbio português, dão um boi para ‘entrar’ na briga e uma boiada para não sair.

Sim, um boi para também entrar.

ÓDIO

Assim, transformaram aquilo então rotulado de rivalidade em ódio, na vã tentativa de provar quem é mais forte, quem briga mais.

Pois esses endemoniados voltaram a se digladiar no final de noite de quarta-feira, quando a caravana de bugrinos regressava ao Estádio Brinco de Ouro, após o jogo com o Oeste, em Barueri.

Eis a questão: quando esses endemoniados serão extirpados do meio decente do torcedor comum? Quando serão enquadrados no devido lugar?

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