Quando o Novorizontino cansou, a Ponte Preta 'respirou'

O condicionamento físico privilegiado da Ponte Preta evitou que ela saísse derrotada na noite desta quinta-feira de Novo Horizonte derrotada pela Série B

Já a Ponte Preta, exceto o lance do gol, exigiu defesas do goleiro Lucas Frigeri, do Novorizontino, em apenas duas ocasiões no jogo

Ponte-Preta-Novorizontino
Ponte Preta buscou o empate. Foto: Gustavo Ribeiro - NEC

Campinas, SP, 25 (AFI) – O condicionamento físico privilegiado da Ponte Preta evitou que ela saísse derrotada na noite desta quinta-feira de Novo Horizonte, no confronto contra o Novorizontino pela 26.ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série B.

O gol de empate do atacante Lucca, aos 43 minutos do segundo tempo, após cobrança de escanteio e a manjada jogada ensaiada, com desdobramento para o segundo pau, refletiu no resultado de 1 a 1, em jogo que o time da casa foi melhor, criou oportunidades, mas ora esbarrou em importantes defesas do goleiro pontepretano Caíque França, ora as conclusões foram mal direcionadas.

Já a Ponte Preta, exceto o lance do gol, exigiu defesas do goleiro Lucas Frigeri, do Novorizontino, em apenas duas ocasiões.

Primeiro tempo, após cobrança de escanteio através do meia Élvis, Lucca testou e Frigeri rebateu duas vezes, pois na sequência houve finalização de jogador pontepretano, aos 23 minutos, na primeira real chance da equipe naquele período.

No segundo tempo, aos 37 minutos, Frigeri defendeu com os pés finalização do lateral-esquerdo Jean Carlos.

Afora esses três lances, a Ponte Preta inexistiu ofensivamente.

Novorizontino-Ponte-Preta
Caíque França fez boas defesas. Foto: Gustavo Ribeiro – NEC

SOBERBA DE DOS ANJOS

Reflexo da vitória pontepretana no dérbi campineiro provocou mudança de comportamento de seu treinador Hélio dos Anjos, que ignorou a lógica em nome da soberba.

Ao perder os seus volantes Léo Naldi e Felipe Amaral para este jogo contra o Novorizontino, o recomendável seria reposições exclusivamente de peças para o setor, e ainda assim havia risco de rendimento inferior ao compartimento comparativamente às últimas partidas.

Pois Dos Anjos não dimensionou que, jogando em casa e com características ofensivas, o Novorizontino se atiraria ao ataque, e por isso a cabeça da área pontepretana deveria estar bem protegida, até porque o time ainda jogou desfalcado do zagueiro Fábio Santos.

Todavia, Dos Anjos quis contrariar a lógica, incorporar filosofia eminentemente ofensiva, e escalou a equipe com dois volantes e três atacantes, com o agravante de o volante Allisson ter mostrado posicionamento mais avançado, é sabido que Élvis não tem características para marcação, e atacantes de beirada Fessin e Barcia não faziam a devida recomposição, para reduzir espaços de o adversário trabalhar a bola.

DOMÍNIO DOS MANDANTES

Isso implicou em domínio absoluto do Novorizontino durante o primeiro, quando procurou explorar mais o lado direito de seu ataque, através do meia-atacante Douglas Baggio.

Por ali foram criadas as principais jogadas ofensivas, além da exigência de que o lateral-esquerdo pontepretano Artur ficasse preso exclusivamente à marcação.

Foi assim que Baggio cruzou da direita e o zagueiro Ligger, livre na área, testou no contrapé de Caíque França, aos dez minutos, no gol dos mandantes.

E antes de dois minutos de partida, o Novorizontino já havia mostrado o cartão de visita em chute cruzado do atacante Ronald, que exigiu reflexo de Caíque para a defesa.

Paradoxalmente, o mesmo Ronald, com 20 segundos do segundo tempo, voltou a exigir defesa de destaque de Caíque, quando Dos Anjos já havia procedido duas alterações no time pontepretano, com entrada de Nicolas no lugar de Barcia e Jean Carlos substituindo Artur, que havia recebido cartão amarelo.

NOVORIZONTINO CANSOU

Por ter corrido bastante no primeiro tempo, o fôlego dos jogadores do Novorizontino foi diminuindo, principalmente após a segunda metade do segundo tempo, quando as trocas implicaram em entradas de jogadores de qualidade bem inferior.

A substituição de Baggio, aos 28 minutos, foi um alívio para o sistema defensivo pontepretano, período em que o time começou a rondar mais vezes a área adversária.

Aí, quase no final do tempo regulamentar, como a Ponte Preta transformou cobranças de escanteios em arma fundamental para chegar ao gol, a história se repetiu mais uma vez.


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