E aí, o que estariam pensando os treinadores Lisca Doido e Daniel Paulista sobre esse Vasco que será adversário do Guarani a partir das 21h de sábado, no Estádio São Januário, no Rio de Janeiro?

Que avaliação ambos tiveram de um gramado encharcado como o do Estádio Rei Pelé em Maceió (AL), quase impraticável no primeiro tempo, na noite desta quarta-feira, para melhora considerável após o intervalo?

É que choveu bastante até minutos antes do início do jogo em que CSA e Vasco empataram por 2 a 2.

Naquelas poças d’água do primeiro tempo, o time mandante se adaptou melhor ao gramado.

Depois que funcionários da administração do estádio usaram rodos para puxar água empoçada durante o intervalo, a bola pôde rolar.

Exatamente a partir daí é que o bugrino Daniel Paulista e Lisca Doido – contratado pelo Vasco para o lugar do demitido Marcelo Cabo – começaram a tirar as suas conclusões para o jogo de sábado.

Evidente que Daniel Paulista preferia que a estreia de Lisca fosse retardada, pois assim poderia prevalecer a hipótese de o time vascaíno voltar a ser mal escalado.

Se Daniel Paulista imaginou explorar o fraco lateral-esquerdo Riquelme, do Vasco, convenhamos que Lisca não deve cometer essa desproporção.

Por sinal, até o treinador interino do Vasco, Alexandre Gomes, sacou o jogador no intervalo. Logo…

GABRIEL

É que em cima de Riquelme o CSA construía as suas principais jogadas de ataque durante o primeiro.

Sabiamente o treinador Ney Franco, do time alagoano, designou ao hábil meia Gabriel que se posicionasse no lado direito do ataque e, exatamente naquela avenida Gabriel transitou por ocasião do gol de empate, com falha também do quarto-zagueiro vascaíno Leandro Castán.

Foi o gol de empate no primeiro tempo – 1 a 1 -, pois o Vasco havia aberto o placar através de Marquinhos Gabriel, ao explorar rebote do goleiro Lucas Frigeri.

ERNANDES

Alô pontepretanos: o questionadíssimo lateral-esquerdo Ernandes, que estreou no CSA, virou o placar, ao aproveitar rebote do goleiro Vanderlei.

Ernandes não jogava desde 16 de maio, pelo Mirassol, Sim, o mesmo atleta que não deixou saudade na passagem pela Ponte Preta.

Detalhe: o goleiro Vanderlei rebateu aquela e tantas outras bolas supostamente defensáveis.

E não dá pra atribuir apenas ao campo pesado, pois do outro lado o goleiro Lucas Frigeri praticou defesas com naturalidade.

CHUTAR DE LONGE?

Daquilo que viu, teria o treinador Daniel Paulista depreendido que vale a pena os seus jogadores arriscarem insistentes finalizações de fora da área, como artifício para explorar a instabilidade do goleiro?

Mais provável é que Daniel Paulista interprete os rebotes devido ao campo pesado.

Assim, a preferência seria trabalhar a bola até que de fato surjam chances reais para finalizar?

QUE VASCO VAI PRO JOGO?

As trocas feitas no time do Vasco durante o segundo tempo de certo vão embaralhar a cabeça de Daniel Paulista.

Se o time carioca é claramente mal treinado, se há espaçamento de jogadores em campo e raras jogadas combinadas pelos lados, convenhamos que em última análise a sugestão é que se explore o centroavante da bola aérea, como é o caso de Daniel Amorim, 1,91m de altura e bom cabeceador.

Paradoxalmente Amorim é reserva e entrou contra o CSA no lugar do discutível Marquinhos Gabriel, para explorar aquilo que tem de melhor: cabeceio.

Assim, aproveitou cruzamento do lateral-direito Zeca.

Como o Vasco foi mal escalado e obviamente Lisca Doido deve corrigir isso, presume-se mudanças contra o Guarani, inclusive com a fixação do meio-campista Juninho, de mais mobilidade de que Bruno Gomes.

A rigor, Lisca também deve estar preocupado com a correta observação feita pelo meia-atacante Marquinhos Gabriel no intervalo: “A gente passou a perder a segunda bola, e isso precisa ser corrigido”.

Se é que pode-se ter duas bolas em campo, isso é assunto para o nosso filósofo João da Teixeira responder.

Agora, que Lisca vai evitar que o Guarani fique com a maioria dos rebotes, isso vai.

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