Osasco, SP, 06 (AFI) – Anunciado na última semana como psicólogo do esporte no Osasco Audax, Ricardo Miura conversou com o Futebol Interior sobre o trabalho desenvolvido no dia-a-dia do clube. Conhecido por ser celeiro de muitos atletas promissores, o time não abre mão do cuidado e desenvolvimento emocional de todos que integram o elenco Vermelhinho.

Miura é formado em psicologia na PUC SP em 96 e especialização em Esportes pela USP, com a Kátia Rubem, grande referência em psicologia do esporte. 

Nos anos de 1998 e 1999, Miura trabalhou na seleção brasileira de polo aquático feminino, desenvolvendo um trabalho coletivo com a equipe, algumas atletas peças no individual, conseguiu, pela primeira vez, uma vaga nas Olimpíadas, nos jogos de Sydney, em 2000. 

Em 2002 no São Paulo, desenvolveu um trabalho com formação de atletas da base quando fez parte da comissão técnica de Cilinho, treinador famoso na década de 80 e 90, marcando a geração dos ‘Menudos do Morumbi’. 

Segundo ele, a tarefa de preparo envolve estudar os perfis individuais e compreender as características, pontos fortes e fracos e outras questões físicas dos jogadores.  

‘’Todo trabalho que a gente executou na formação de atletas sempre foi analisar o perfil do atleta base um perfil, através da comissão técnica e departamento de formação.  Quais atletas teriam perfil para o clube, pra poder ter essa projeção profissional, de desempenho que, ele desenvolve, como como estratégias de jogo e, inclusive, em questões táticas’’. 

Sobre seu trabalho no Osasco Audax, Miura projeta um trabalho de desenvolvimento cognitivo dos atletas, focado em melhorias no desempenho não só individual como coletivo.

‘’Acredito que hoje, no futebol, essa parte lógica e cognitiva é muito necessária. É muito amplo o papel do psicólogo dentro de um clube de futebol, mas uma das funções que já estamos e vamos continuar a executar é corresponder aos resultados positivos, a performance da equipe coletiva e individualmente. Principalmente nas questões de estratégias de jogo e questão tática, ou seja, vencer, eu busco sempre compreender também o que que o técnico pensa a respeito’’ explicou. 

‘’São muitos dados que a gente utiliza. Cruzamos os departamentos para poder traduzir esses dados para o técnico, para que ele possa ter as suas opções e escolher as suas estratégias’’ continuou o psicólogo. 

PREPARAÇÃO DO AUDAX PARA A A3 

Visando a disputa da Série A3 do Campeonato Paulista, Ricardo Miura detalha os principais pontos a serem trabalhados para a competição. 

‘’Muitas vezes a questão da concentração depende das condições de descanso desses atletas. Então, a preparação física como parte de psicologia do esporte vai pensar num plano bem amplo, bem complexo. O mais importante é a recuperação desses atletas, onde a gente pensa nas questões físicas, fisiológicas principalmente na parte mental’’ descreve. 

Sobre o torneio em si, o profissional do Audax falou sobre as particularidades da fase classificatória às disputas eliminatórias, no mata-mata. 

‘’A série A3 tem uma uma primeira fase classificatória e depois o mata-mata, que é uma outra competição. Precisamos ensaiar essas condições de diferenças, para que a gente possa estar apto às competições. As fases classificatórias finais envolvem uma questão emocional muito forte, onde vamos ter muitos determinantes, porém acreditamos que a parte emocional é primordial nessas fases decisivas. Obviamente que anterior a elas precisamos ter todas as condições estratégicas, táticas e físicas’’ esclarece Miura.

O GO Audax estreia no estadual contra o Itapirense, fora de casa. A primeira rodada está prevista para acontecer no fim de semana do dia 22 de janeiro.

Confira também:

• Paulista A3: Jogadores do EC São Bernardo dão boas-vindas ‘’calorosa’’ a Felipe Souza
• Paulista A3: União Suzano promove atacante Matheus Jesus ao profissional
• Paulista A3: Grêmio Prudente anuncia zagueiro Bennê Pereira
• Paulista A3: Filho de Marcelinho Carioca defenderá o São José
• Paulista A3: São José apresenta uniformes de goleiro para próxima temporada