Projeções na reta de chegada da Série B podem ser perigosas

Os cálculos como solidificação de acesso ao Brasileirão de 2024 com 63 pontos, talvez precisem ser revistos. Devido os confrontos diretos.

Pelo andar da carruagem, até menos dos 45 pontos uma equipe ameaçada pode se salvar. Os times da rabeira estão bem para baixo

Guarani mostrou força e venceu o Vitória no confronto da ida, no Brinco de Ouro (Victor Ferreira / EC Vitória)
Guarani venceu o Vitória no confronto da ida, no Brinco de Ouro (Victor Ferreira - EC Vitória)


BLOG DO ARI

Campinas, SP, 12 (AFI) – Um exercício básico de simpatizantes de clubes, quer do pelotão de cima, quer na zona de encrenca, na reta de chegada da Série B do Campeonato Brasileiro, é ficarem de olhos nos jogos subsequentes de suas respectivas agremiações.

Aí, numa avaliação simplista, o raciocínio lógico seria conquista de pontos contra adversários teoricamente mais fracos, ‘amassar’ aqueles à beira do abismo, e por aí vai.

Problema é que até aqueles cálculos básicos de conquistar 45 pontos para escapar de qualquer risco de rebaixamento, assim como solidificação de acesso ao Brasileirão de 2024 com 63 pontos, talvez precisem ser revistos.

Pelo andar da carruagem, até menos dos 45 pontos uma equipe ameaçada pode se salvar.

Na ponta de cima da classificação, prevalece a incerteza, restando 21 pontos em disputas.

GUARANI

Para quem briga pelo acesso, como o Guarani, é natural que o seu torcedor contabilize seis pontos ao recepcionar Botafogo e ABC.

Mesmo tendo jogo em Londrina, calcula-se como possível trazer uma vitória.

No frigir dos ovos, projetando-se mais esses nove pontos, para se juntarem aos 54 já conquistados, há quem diga que sejam suficientes para o objetivo de acesso.

Será?

Se ganhar do Botafogo é missão obrigatória, é perigoso colocar o ABC como ‘time morto’ quando vier em Campinas, na penúltima rodada.

MALA PRETA

Considere que, pela briga acirrada de outras equipes pelo acesso, interessados em tropeço do Guarani diante do ABC podem oferecer aquilo que outrora se convencionava chamar de ‘mala preta’ ao adversário, cuja essência foi deformada.

Hoje, uns desinformados por aí caracterizam mala preta como ato para corromper jogadores, visando amolecer determinado jogo, quando na prática o termo era aplicado como oferecimento de bicho extra para que determinado time vencesse ou empatasse em jogo contra um concorrente direto.

Tudo isso pra dizer que, embora o ABC já tenha ido para as ‘cucuias’, postulantes ao acesso como Novorizontino, Mirassol ou Juventude, por exemplo, poderiam querer incentivar a boleirada com gratificação.

VALE AOS CONCORRENTES

Claro que esse suposto exemplo contrário ao Guarani também se aplicaria contra os concorrentes acima citados, e não seria exagero se a cartolada bugrina também acenasse, se necessário, para que adversários de um deles também tirassem pontos de concorrentes diretos nos respectivos confrontos.

Portanto, qualquer projeção antecipada que se faça, sobre a reta de chegada da competição, pode ir por água abaixo.

Neste cenário, para que o Guarani continue mirando no acesso, então saiba das naturais adversidades nesta reta de chegada, e se imponha em seus jogos, quer em casa, quer na condição de visitante.  

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