Produtor de cinema, presidente polêmico luta por final feliz ao 'filme' do Napoli
Presente em todos os jogos do Napoli - seja no estádio San Paolo, em Nápoles, ou em qualquer outro lugar da Europa
Presente em todos os jogos do Napoli - seja no estádio San Paolo, em Nápoles, ou em qualquer outro lugar da Europa
Campinas, SP, 29 – Principal nome do projeto para o Napoli voltar aos tempos de glórias da época de Diego Maradona e Careca, Aurélio de Laurentiis não tem papas na língua e não dá um ponto sem nó. Desde que comprou o espólio do clube, em estado de falência, em 2004, o produtor cinematográfico manda e desmanda e vive dando declarações nas quais expõe o que pensa sem medir as consequências.
Presente em todos os jogos do Napoli – seja no estádio San Paolo, em Nápoles, ou em qualquer outro lugar da Europa -, o dono do clube já brigou e discutiu com muita gente, desde políticos da cidade, treinadores e até com o craque do time. Muitas vezes controverso e polêmico, faz tudo pela sua grande paixão.
Quando o argentino Gonzalo Higuaín, que havia acabado de se tornar o maior artilheiro de uma edição do Campeonato Italiano – quebrando um recorde que durava mais de 50 anos -, deixou o Napoli e se transferiu justamente para a maior rival, a Juventus, não titubeou. Chamou o argentino de traidor, apesar da transferência ter rendido na época cerca de 90 milhões de euros (aproximadamente R$ 324 milhões), o que causou uma fúria sem precedentes entre os napolitanos, que até hoje não perdoaram o jogador.
Centralizador, Aurélio de Laurentiis parece ter como seus maiores inimigos no futebol os empresários de jogadores. “Em Hollywood, os atores que querem ter empresários pagam eles mesmos. As pessoas devem achar que eu sou louco, mas, pelo menos, eu não estou perdendo dinheiro. Eu não pago empresário. No futebol, por que o devo fazer?”, afirmou o dirigente em um discurso durante um evento empresarial, fazendo uma crítica aos agentes de atletas, os quais, segundo ele, viraram uma espécie de imposto que os clubes têm que pagar. “Você sabe, isso é um câncer do meio em que vivemos. Quer dizer, nem todos os agentes são. Mas eu não entendo por que você precisa de um empresário”.
Assim é Aurélio de Laurentiis, um apaixonado e polêmico presidente, que aposta que o filme que começou a ser escrito há 14 anos encontre nesta temporada o seu final feliz.