Processo contra Blatter e Platini por fraude de R$ 9,2 mi na Fifa foi aberto na Suíça
Blatter e Platini viveram uma relação de altos e baixos enquanto faziam parte da Fifa. A trajetória de ambos na entidade se encerrou em 2015, quando o escândalo teria acontecido
Ex-presidente da Fifa, Joseph Blatter, e o ex-capitão da seleção francesa, Michel Platini, tiveram processo aberto na Suíça
Campinas, SP, 8 – A Justiça da Suíça abriu nesta quarta-feira (8) o processo contra Michel Platini, de 66 anos, e o ex-presidente da Fifa Joseph Blatter, de 86, por fraudes na entidade. Segundo o Ministério Público do país, eles são acusados de obter ilegalmente 1,8 milhão de euros (cerca de R$ 9,2 milhões) dos cofres do órgão. Ambos devem comparecer ao tribunal de Bellinzona para prestar esclarecimentos nos próximos dias.
Blatter e Platini viveram uma relação de altos e baixos enquanto faziam parte da Fifa. A trajetória de ambos na entidade se encerrou em 2015, quando o escândalo teria acontecido. O dinheiro teria sido usado “em favorecimento” do ex-jogador francês, que, nos bastidores, se mostrava impaciente para suceder Blatter. O cargo acabou indo para Gianni Infantino, que segue no comando.
PODEM SER PRESOS
Caso sejam considerados culpados, os dois podem pegar até cinco anos de prisão ou serem obrigados ao pagamento de uma multa pela infração aos cofres da Fifa. Materiais sobre os processos na França, contra Platini, e na Suíça, contra Blatter, serão usados na acareação.
BLATTER INFRINGIU AS REGRAS
Um ponto em comum entre as defesas e a acusação, porém, podem mudar os rumos do processo. Segundo a promotoria, Platini foi assessor de Blatter durante o primeiro mandato do suíço na presidência da entidade máxima do futebol e ambos assinaram um contrato em 1999 que estabelecia o pagamento de 300 mil francos suíços anuais ao ex-jogador “integralmente pagos pela Fifa”.
Platini, no entanto, cobrou da Fifa uma dívida de 2 milhões de francos suíços em janeiro de 2011, cerca de oito anos após encerrar seus trabalhos como assessor. O dinheiro teria sido pago pela entidade com a anuência de Blatter, o que para a acusação infringiu as regras do controle financeiro do órgão.
DECLARAÇÕES ENGANOSAS
A promotoria cita ainda a série de declarações enganosas de ambos os dirigentes sobre o caso. Eles insistem que desde o início dos trabalhos do ex-capitão da seleção francesa na Fifa, um acordo “de boca” foi feito entre os dois, sem a presença de testemunhas, firmando um salário anual de 1 milhão de francos.
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