Problemas da Ponte no gramado precisam ser discutidos e corrigidos
Foram elencadas falhas do goleiro ao ataque, para avaliação
Problemas da Ponte no gramado precisam ser discutidos e corrigidos
Sérgio Guedes, goleiro da Ponte Preta nos anos 80, é o focalizado na coluna Cadê Você.
É compreensível que torcedor de futebol seja passional. Quando o time perde, ninguém serve; quando ganha, todos são colocados nas alturas.
No caso específico da Ponte Preta – time em reconstrução -, essa derrota para o Atlético Goianiense por 3 a 1, de virada, mostra coisas fora do prumo, sem que isso signifique que o elenco é deplorável, como citaram alguns parceiros.
Já que a Ponte tem as suas limitações, é imprescindível que não haja queda brutal de rendimento de alguns jogadores, e o treinador Doriva precisa incrementar esquema sustentável para garantia de bons resultados.
André Luís, atacante de beirada, já mostrou qualidades. Logo, o questionável é como se transformou em peso morto nas últimas rodadas?
Cabe, sim, aos homens do Departamento de Futebol do clube, a identificação do problema.
Se o lateral-direito Igor mostrou timidez preocupante nas primeiras partidas, é inegável que aos poucos foi se soltando. Por que, igualmente, caiu de rendimento?
Está claro que a Ponte precisa urgentemente de um centroavante experiente e com intimidade para enfrentar goleiros.
Os novados Júnior Santos e Fellipe Cardoso têm virtudes, mas precisam ser lapidados para complemento de jogadas.
THIAGO REAL E PAULINHO
Se os meio-campistas Paulinho e Thiago Real se notabilizam por incessante movimentação, é natural que se cansem na metade do segundo tempo, e isso provoca sobrecarga ao volante André Castro.
Logo, a Ponte não pode ser obrigada a fazer duas substituições antes mesmo da metade do segundo tempo.
Cabe ao treinador Doriva encontrar o equilíbrio para que citados meio-campistas não se desgastem tanto, e possam terminar inteiros nas partidas.
Observa-se que Paulinho tem chegado frequentemente nas proximidades da área adversária, e isso pode ser plenamente evitado.
DANILO BARCELOS
Não se questiona que o polivalente Danilo Barcelos pega bem na bola. Apenas isso seria suficiente para garantir a titularidade?
Claro que não. Quando compõe o quadrado do meio de campo, inegavelmente ajuda a cercar adversários, mas ofensivamente em quase nada tem contribuído.
Ele tem velocidade pra executar jogadas de fundo de campo? Não. Tem habilidade pra entrar driblando e penetrar na área adversária? Também não.
E recuado à lateral-esquerda, sua posição de origem, como tem sugerido a maioria?
Aí fica do mesmo tamanho, na marcação, comparativamente a Marciel. Provavelmente por isso Doriva tenha hesitado em optar por Barcelos na lateral.
Então, que Orinho se recupere rapidamente e reassuma a posição. Ele marca melhor que ambos e sabe arrancar com a bola. O complemento seriam triangulações pelos lados do campo a critério de Doriva.
SEM SOBRA
Quando a Ponte ganhava a partida de sábado por 1 a 0, optou por se resguardar no segundo tempo, o que é natural, visto que o adversário passou a atacar.
Inadmissível, no gol de empate, foi permitir que o Atlético Goianiense tivesse dois jogadores enfiados contra apenas uma dela – caso do zagueiro Reginaldo.
Se Reginaldo falhou no lance, culpe também Renan Fonseca. Em vez de marcar atrás da linha da bola, estava adiantado. E nenhum dos laterais fechou por dentro para ajudar na cobertura, para que o time tivesse alguém na sobra.
Não bastasse isso, o goleiro Ivan deveria ter autoridade para gritar com a defesa e comandar a marcação.
Precisa se impor como fazia o seu antecessor Aranha. Doriva precisa se preocupar com isso.
Portanto, senhores pontepretanos passionais, vamos discutir problemas da equipe, como essa leva citada. Outros aspectos naturalmente podem ser acrescentados.