Problema do Guarani começa em Chamusca e passa por boleiros
Pela teimosia do treinador Marcelo Chamusca ao escalar três zagueiros, totalmente sem critério. E passa por boleiros que insistem em falhar feio.
A história poderia ter sido outra diante do limitadíssimo Londrina, que soube explorar os erros dos visitantes para se prevalecer em campo
Campinas, SP, 24 (AFI) – BLOG DO ARI – Um jogo supostamente possível para o Guarani se impor e alcançar a almejada reabilitação na Série B do Campeonato Brasileiro foi literalmente jogado no lixo, nesta derrota por 3 a 1 para o Londrina, na noite desta sexta-feira, no interior paranaense.
Se o Guarani estivesse com sentido de organização, confiante e bem escalado, provavelmente a história poderia ter sido outra diante do limitadíssimo Londrina, que soube explorar os erros dos visitantes para se prevalecer.
O conjunto de erros bugrinos começa pela teimosia do treinador Marcelo Chamusca ao escalar três zagueiros, totalmente sem critério.
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CASTÁN
Alguém pode explicar qual o motivo para o zagueiro Leandro Castán ter vaga no time?
Só toca a bola de lado e erra quase todas quando alonga. Pra desarme, é aquilo visto por ocasião do terceiro gol do Londrina, quando o meio-campista Jhonny Lucas ganhou a jogada com facilidade sobre ele.
E quando a cuíca ronca e Chamusca abandona a estratégia com três zagueiros, a corda estoura em Ernando, jamais no lento Castán.
CONCEITO
O mesmo dito em relação à Ponte Preta com o treinador Hélio dos Anjos aplica-se ao Guarani.
Quais dos zagueiros propiciam rápida e coordenada saída de bola? Quais deles tem velocidade no enfrentamento ‘um contra um’ com jogadores velozes?
Desfalcado do volante Rodrigo Andrade e sem que os dois da posição tenham um bom passe, como Vilela e Silas, o time bugrino passou os primeiros 15 minutos de partida abusando de erros, compensado também pelo Londrina, que apenas alongava a bola, sem conteúdo.
GOL DE ALTINHO
Casualmente o time paranaense saiu à frente do placar com gol de falta através do lateral-esquerdo Eltinho, aos 17 minutos, em lance faltoso do volante Leandro Vilela no atacante Caprini, com chute certeiro no canto esquerdo.
Até então, os goleiros eram meros espectadores.
Aí, em desvantagem no placar, o Guarani se arriscou mais ao ataque, quando se constatou que a marcação do Londrina estava afrouxada, e nem assim os jogadores bugrinos tiraram proveito.
TRAVE E EMPATE
O time passou a ter mais volume ofensivo quando Júlio César passou a ser mais acionado na esquerda, e em um dos cruzamentos o centroavante Lukão finalizou com a canhota e a bola chocou-se contra a trave do goleiro Matheus Nogueira, aos 29 minutos.
Prevalecendo o domínio territorial do Guarani, o gol de empate surgiu em chute rasteiro e certeiro aos 38 minutos, através do volante Silas, explorando toque de cabeça ajeitado pelo lateral-esquerdo Matheus Pereira.
GOLS RELÂMPAGOS
Não bastasse o treinador Chamusca não conseguir colocar em prática sentido de organização ao time bugrino, as velhas falhas defensivas se fizeram presentes novamente, a começar pelo goleiro Rafael Martins logo aos dois minutos do segundo tempo.
Em cobrança de escanteio do volante João Paulo, do Londrina, Martins, disputando a bola com os braços, perdeu para o zagueiro Augusto, com a cabeça.
A bola já havia ultrapassado a linha fatal, após tocar no travessão, quando Mirandinha completou. Todavia, o gol foi confirmado para Augusto.
Dois minutos depois, sem que tivesse absorvido o impacto, o Guarani sofreu o terceiro gol, oriundo de jogada do Londrina pela esquerda, até que o passe alcançasse Jhonny Lucas, que não tomou conhecimento da marcação de Castán e completou para as redes.
BRUNO JOSÉ
Tinha que ocorrer tudo isso para que o treinador Chamusca sacasse um zagueiro – caso de Ernando – com objetivo de ganhar mais força ofensiva com a entrada de Bruno José, a partir dos oito minutos do segundo tempo.
Desajustes defensivos do Guarani continuaram a ponto de o meia Gegê, do Londrina, desperdiçar a chance do quarto gol, ao chutar a bola no travessão.
Depois disso, já com o atacante Yago no lugar de Júlio César, apenas uma bola que triscou a trave direita do goleiro Matheus Nogueira, em bicicleta do bugrino Yago, assim como Mandaca, do Londrina, subiu sozinho, testou e colocou a bola para fora.
Deduz-se de mais uma derrapada do Guarani que a troca de Daniel Paulista para Chamusca piorou aquilo que já não era bom e a realidade que dirigentes ativos não permitiriam que treinador cometesse erros conceituais inadmissíveis.
Faz falta no futebol dirigente que faça prevalecer a sua autoridade para frear aquilo que em projeção natural não vai prosperar da cabeça de treinador.
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