Primeiros medalhistas da Olimpíada de Tóquio começam a ser conhecidos no sábado
Brasil tem chances na disputa de esgrima masculino e feminino
Campinas, SP, 22 (AFI) – Uma pergunta abre todos os Jogos Olímpicos: quem vai ganhar a primeira medalha de ouro? Prata e bronze têm outros significados na competição em relação aos segundos e terceiros colocados do futebol, por exemplo. Elas valem muito em Olimpíadas. O primeiro pódio sempre ocorre depois da cerimônia de apresentação das equipes, quando os Jogos são declarados abertos oficialmente. Trata-se de uma tradição de longa data. Mas é assim que é. Em Tóquio não haverá torcedores para os atletas festejarem a conquista, o que não a torna menos importante. É a medalha de um ciclo olímpico, de um ciclo de vida. Não há nenhuma outra conquista maior do que a olímpica para esses competidores, exceto o futebol em Copa do Mundo.
As primeiras medalhas e pódios serão conhecidos neste sábado. E elas vem de modalidades de tiros curtos, que começam e terminam quase que no mesmo dia, algumas provas são assim mesmo, não há fase classificatória. São disputas de resistência. O tiro com arco é uma dessas modalidades. O ciclismo também. Há mais alguns esportes que vão ter provas decisivas no sábado, como esgrima, o próprio tiro e judô.
OS FORMATOS
Algumas dessas modalidades são eliminatórias ao longo de um mesmo dia. Os atletas vão enfrentando seus rivais e quem vai ganhando também vai se aproximando das disputas por medalhas. O judô é assim. O tae kwon do também. São seções de confrontos eliminatórios. Há outros esportes, no entanto, que precisam de quase todos os dias dos Jogos Olímpicos. Geralmente são as modalidades de equipes, como vôlei, futebol e basquete. Eles fazem partidas em grupos numa primeira etapa e depois vão para o sistema de mata-mata até fechar nos quatro melhores. Aí é pódio, do bronze ao ouro.
QUEM VAI SER?
Neste sábado, o torcedor também vai conhecer medalhistas no levantamento de peso e tae kwon do. Nos Jogos de Tóquio, o Comitê Olímpico Internacional (COI) fez algumas alterações em relação à permanência dos atletas na cidade-sede ou na Vila Olímpica. Por causa da pandemia da covid-19, todos serão ‘mandados’ embora em 48 horas após suas provas. A decisão tem a ver com os protocolos de segurança contra a pandemia. O COI não quer ninguém circulando por Tóquio, uma capital em estado de emergência.
BRASIL NO PÁREO
O Brasil tem chances em algumas dessas modalidades que vão premiar os melhores de suas categorias logo de cara. Jogar uma Olimpíada, segundo o esgrimista Guilherme Toldo, é resumir toda a preparação de quatro anos do atleta olímpico em um dia de competição – no seu caso o dia 26 de julho, quando acontece o torneio individual de florete masculino da esgrima nos Jogos de Tóquio. É no momento do combate na pista que o esgrimista precisa “jogar todas as cartas” em busca de um bom resultado. Para ele, porém, sai na frente quem mais se empenha – por isso, o brasileiro quer depositar seu planejamento e a experiência de Londres-2012 e do Rio-2016 para chegar longe no Japão.
“A vida do atleta olímpico é assim. Uma preparação durante quatro anos, você busca colher as melhores sensações, os melhores resultados possíveis para chegar no fim do ciclo olímpico classificado para os Jogos e em condições de alcançar um bom resultado. Entendo a situação como uma consequência do nosso trabalho, da vida de atleta olímpico”, afirmou.
Toldo não está sozinho nesta. Ele e Nathalie Moellhausen fizeram o primeiro treino em solo japonês na segunda-feira, na sala de treinamento do Makuhari Messe, em Tóquio. A espadista será a primeira a estrear nos Jogos, na noite de sexta-feira (de Brasília).