Prevaleceu o favoritismo da Ponte Preta diante do XV
Claro que nem tudo ainda está devidamente arrumado no time pontepretano. Mas dá para Hélio dos Anjos fazer os ajustes necessários
Mesmo desfalcado do meia Elvis, a Macaca foi superior para trabalhar a bola, diante de um adversário apenas guerreiro, sem muita técnica
Campinas, SP, 21 (AFI) – Se a Ponte Preta enfrentou o XV de Piracicaba na condição de favorita, mesmo no campo do adversário, então prevaleceu a lógica nesta vitória por 2 a 1, na manhã/tarde deste sábado, pela terceira rodada do Paulista da Série A2.
Mesmo desfalcado de seu meia organizador de jogadas – caso de Élvis – tecnicamente o time pontepretano foi superior para trabalhar a bola, diante de um adversário apenas guerreiro, que se desdobra em campo e, por vezes, explora falhas de adversários.
Claro que nem tudo ainda está devidamente arrumado no time pontepretano.
Luiz Felipe, escalado na lateral-direita, tem oscilado, como neste sábado. Desta vez, além de não ter sido construtor de jogadas ofensivas, ainda vacilou por ocasião do gol quinzista, quando tomou bola nas costas, aos 21 minutos, em jogada aproveitada por Lucas Xavier, que chutou cruzado e sem chances de defesa para o goleiro Caíque França.
Melhor para a Ponte é que dois minutos antes já havia aberto o placar, no desdobramento de cobrança de escanteio, quando o centroavante Jeh participou com finalização certeira.
GUILHERME SOUZA
Ainda na defensiva pontepretana, Guilherme Souza desafinou com seguidos erros, e pagou por isso quando recebeu o segundo cartão amarelo e, consequentemente, o vermelho, aos 43 minutos do segundo tempo, após cometer falta para matar jogada do adversário.
Ainda no citado período, aos nove minutos, uma desatenção dele possibilitou chance ao atacante Matheus Anderson para marcar, porém o chute foi interceptado com os pés pelo goleiro Caíque França.
Erro idêntico já havia ocorrido aos 42 minutos do primeiro tempo, em outra defesa igualmente com os pés através do goleiro pontepretano.
JÚNIOR TAVARES
Questionável tem sido a manutenção na equipe do polivalente Júnior Tavares, embora não se possa negar que ele tenha se esforçado.
Na prática, não se observa o convencimento dele na parte defensiva, como suposto terceiro volante, assim como não aparece como atleta de criatividade, quando avança.
Logo, houve incontestável ganho na alteração feita pelo treinador pontepretano Hélio dos Anjos, ao sacá-lo para entrada do atacante Dudu, jogador de velocidade e que marcou o gol da vitória, após receber passe precioso de seu parceiro de ataque Pablo Dyego, que puxou rápido contra-ataque desde o seu campo defensivo, aos 29 minutos do segundo tempo.
Constata-se igualmente a falta que faz Élvis na equipe, quando se dá chance para o substituto Cássio Gabriel, que não tem a mesma visão de jogo recomendável aos meias, e estranhamente foi substituído apenas aos 40 minutos do segundo tempo por Gui Pira.
Exceto as citadas restrições, só cabem elogios aos demais jogadores da Ponte Preta.
MATEUS SILVA
Zagueiro Mateus Silva foi soberano no jogo aéreo, assim como se esticou para evitar que um adversário completasse bola cruzada, aos 22 minutos do segundo tempo.
Volantes Léo Naldi e Felipe Albuquerque mantiveram aquilo que deles se espera. E registrava-se o crescimento de produção do atacante de beirada Pablo Diego, criando as principais jogadas de sua equipe.
JEH – A SURPRESA
A gratíssima surpresa ao pontepretano tem sido a aparição na equipe do centroavante Jeferson Jeh, vindo do Itapirense.
Não bastasse ter sido decisivo na vitória de virada sobre o São Caetano, mostrou o espírito guerreiro do ex-centroavante Monga, porém com escala maior de qualidade.
Jeh sabe usar o corpo para proteger a bola e aparece como arma de sua equipe no jogo aéreo ofensivo, como quando exigiu que o goleiro Léo Paiva praticasse defesa difícil após cabeçada no canto esquerdo, aos 14 minutos do segundo tempo.
CHUTÕES E CORRERIA
Se diante do Taubaté a equipe do XV já havia abusado de chutões, na chamada ligação direta da defesa ao ataque, o expediente foi repetido em proporção menor diante da Ponte Preta.
Tecnicamente o time do XV é limitado, e por isso procura compensação com futebol de correria, se impor através do vigor físico.
Assim, usa a velocidade de seu atacante de beirada Artur e atrevimento do lateral-direito Werveton.
Convenhamos que apenas isso é insuficiente para que seja postulante à vaga de acesso ao Paulistão de 2024.
Cobra-se do treinador Cléber Gaúcho disciplina tática de melhor toque de bola e busca de jogadores que possam melhorar a qualidade quer na organização de jogadas, quer nas complementações.
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