Presidente do Shakhtar compara política da Rússia ao Apartheid e pede banimento

Segundo ele, Rússia deve ser totalmente isolada do futebol

Conflitos envolvendo a Rússia prejudicam o Shakhtar a bastante tempo

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Serhiy Palkin, presidente do Shakhtar - Foto: Divulgação

Campinas, SP, 29 – Presidente do Shakhtar Donetsk, Serhiy Palkin veio a público nesta terça-feira para pedir para que a federação de futebol russa perca sua condição de membro e seja banida da Fifa e da Uefa. Segundo ele, a Rússia deve sofrer punições semelhantes às da África do Sul durante o Apartheid.

Atualmente, as seleções e clubes russos estão suspensos e impedidos de participarem de competições internacionais, mas a Rússia segue como membro das federações. Na quinta-feira desta semana, a Fifa organizará seu congresso anual e a federação ucraniana não deverá ir ao evento.

“Gostaria de pedir à Uefa e à Fifa que deem um passo adiante e cancelem ou suspendam a adesão da Rússia em suas organizações”, afirmou Palkin. “Nos anos 70, a África do Sul foi expulsa da Fifa pela política de Apartheid e a Rússia deveria ser expulsa pela política de genocídio dos ucranianos e pela guerra sangrenta que desencadearam em nossa pátria”, completou.

“O esporte sempre foi usado pelos russos como propaganda de sua ideologia. Se essa ideologia ameaça a coexistência pacífica, a Rússia deve ficar totalmente isolada até que mude sua política de destruir todos os seres vivos”, disse o dirigente do Shakhtar.

SOFRE HÁ BASTANTE TEMPO

O clube ucraniano sofre com conflitos envolvendo a Rússia desde 2014, na região de Donbas. Desde então, a equipe é forçada a receber suas partidas em Lviv, Kharkiv ou Kiev. Em 2022, após as invasões sobre o território ucraniano, o campeonato nacional foi suspenso.

“A única maneira de derrotar a agressão russa é combinando nossos esforços. É necessário aumentar as sanções contra a Rússia. É importante limitar os recursos e as capacidades de informação da Rússia para que eles se sintam isolados e parem”, concluiu o dirigente. Fifa e Uefa ainda não se pronunciaram a respeito das declarações do dirigente ucraniano.

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