Presidente do Cuiabá explica saídas no elenco: "Tem que dançar a nossa música"
Dourado encara Fluminense neste sábado, pela Série A do Brasileiro
Mandatário falou sobre os desligamentos dos atletas Nicolás Quagliata e Pablo Ceppelini
Cuiabá, MT, 29 (AFI) – O presidente do Cuiabá, Cristiano Dresch explicou as saídas recentes do elenco. Ele concedeu entrevista coletiva nesta quinta-feira (28) e falou sobre os desligamentos dos atletas Nicolás Quagliata e Pablo Ceppelini.
O dirigente destacou a cobrança interna por comprometimento, dando a entender que os atletas não estavam agradando à diretoria quando estavam fora dos gramados.
“O Cuiabá é um clube muito diferente dos outros. Sempre foi clube-empresa, nunca foi associação, gerido de dentro para fora. O Cuiabá nunca foi gerido pelas opiniões de fora do clube. Se não tiver uma cobrança muito forte aqui dentro, as coisas não andam. Aqui não tem uma imprensa esportiva que é terrível nas críticas, não tem e nunca vai ter torcida organizada que pressiona os jogadores, que vem tacar pedra no carro”, disse o presidente.
“(As saídas) São coisas que acontecem desde 2011, quando o Cuiabá estava na Série D. Aqui, se não andar conforme as coisas que nós gostamos e precisamos, vai sair. Tem uma frase que eu costumo usar: quem não ajuda, atrapalha. A gente precisa de pessoas comprometidas. A maioria das pessoas tem que trabalhar oito horas por dia, e o jogador trabalha em torno de quatro horas presencialmente. Quando ele não está aqui, ele está trabalhando também, porque precisa descansar, comer e dormir. E isso interfere no resultado dentro de campo. Quem não estiver rendendo, vai sair, seja o menor ou maior salário. Aqui tem que dançar a nossa música, quem não dançar, sai fora”, continuou o mandatário.
Questionado sobre o clima dentro do Cuiabá após a sequência de seis jogos sem vencer na Série A do Campeonato Brasileiro, o presidente foi categórico ao afirmar que ninguém está lá para fazer amigos. Apesar da resposta forte, ele negou a existência de conflitos no elenco.
“Falo para os jogadores e para a comissão técnica: aqui a gente não está pra fazer amizade. Estamos aqui pra ganhar jogo. Eu nunca levei ninguém do Cuiabá pra fazer churrasco na minha casa. As pessoas querem que a gente mate o gato, ninguém quer saber se vai ser na pedrada ou na paulada. Aqui ninguém tem problema pessoal. Se tiver clima bom com um empate em seis jogos seria estranho. Aqui é um ambiente profissional, sabemos que precisamos melhorar pra voltar a ganhar. Os jogadores estão sendo cobrados. Aqui não é lugar pra fazer amizade, aqui é pra ganhar jogo”, afirmou.