Prefeitura de Florianópolis veta treinos e vai contra decreto do Governo do Estado
Figueirense e Avaí não poderão usar suas dependências dentro da capital catarinense
Figueirense e Avaí não poderão usar suas dependências dentro da capital catarinense
Florianópolis, SC, 13 (AFI) – A Prefeitura de Florianópolis estragou os planos de Figueirense e Avaí em retomar os treinamentos ao vetar esse tipo de atividade dentro da capital de Santa Catarina. A decisão vai contra ao decreto emitido pelo Governo do Estado nesta segunda-feira.
No entanto, a prefeitura estuda liberar a utilização de academias, desde que siga as orientações dos responsáveis da saúde, o que poderia ajudar aos atletas na preparação física.
Dentre os times da capital, o Avaí é o mais prejudicado, pois o CT fica localizado em uma extensão da Ressacada. Já o Figueirense tem o Centro de Treinamento em Palhoça, mas fica proibido de usar o Orlando Scarpelli.
Veja a nota da Prefeitura:
Senhor Secretário,
Após apreciação da equipe técnica da Secretaria Municipal de Saúde de Florianópolis acerca dos documentos ‘Recomendações e Orientações Gerais para o Esporte Brasileiro frente à COVID-19’ e da PORTARIA Nº 272 – 11/05/2020 da Secretaria de Estado da Saúde, manifestamos:
– Nenhum dos cenários propostos propõe medidas compatíveis com as medidas de distanciamento social exigidas pelo momento epidemiológico;
– Mesmo o ‘Cenário 1, mais restritivo em suas propostas, contém omissões e parâmetros que incompatibilizam com sua aprovação, a saber:
– Omite a obrigação do uso de máscaras por todas as pessoas envolvidas, em consonância com as determinações para o funcionamento de academias de ginástica, que são o análogo com funcionamento autorizado mais próximo à demanda;
– Recomenda a distância de 1 metro entre pessoas. É sabido que a aspersão de gotículas por praticantes de atividades físicas, ainda que em uso de máscaras, supera em muito mesmo os 1,5 metros recomendados para a população em geral em outras atividades. Não há como diminuir a previsão normativa e sugere-se até mesmo aumentar as distâncias haja vista o caráter de alto impacto das atividades propostas.
– Omite a necessidade de avaliação sistemática de sintomáticos respiratórias e, quando de sua detecção, seu afastamento das atividades e encaminhamento aos serviços de saúde propostos pelo município.
– Não faz menção a limites temporais e suspensão do uso dos vestiários, provisões do regramento atual que são imprescindíveis para qualquer consideração de abertura de atividades.
Especificamente sobre o treino do desporto profissional e amador, liberado pela portaria supracitada, apresenta as mesmas limitações supracitadas.
Por fim, há a certeza de que cenários de maior abertura são impossíveis de justificarem consideração nesse momento, aguardamos proposta em mais conformidade à norma vigente para que se possa apreciar a possibilidade de liberação.