Pouso Alegre, MG, 14 (AFI) – Rebaixado para a Série D do Campeonato Brasileiro após derrota na noite do último domingo para o América, em Natal, o Pouso Alegre agora já começa a se planejar para a temporada 2024.

O time sensação do futebol nacional dos últimos cinco anos, onde saiu da terceira divisão do Estadual Mineiro para a Série C do Brasileirão, sabe que terá um futuro incerto no que se refere a dinheiro para se manter no topo.

Isso se deve principalmente à frustrada negociação com a Cimed, que vinha negociando com o clube desde dezembro do ano passado para transformar o clube do interior em uma SAF forte.

SAF DO POUSO ALEGRE NÃO ROLOU!

Na última semana presidente Rogério Paiva, juntamente com o ex-presidente e atual diretor de futebol Paulo da Pinta, reuniu a imprensa para explicar todas as tratativas com a gigante farmacêutica e afirmou que o Pouso Alegre, ainda sem uma resposta positiva ou negativa, decidiu não ficar mais esperando e publicou um edital onde se mostrar aberto a conversar com novos investidores.

“Não podemos mais ficar esperando uma resposta. Gostaríamos muito de ter a Cimed ao nosso lado e seguimos esperando uma posição por parte deles, mas a temporada 2024 já está chegando e já temos que iniciar o planejamento para que o Pouso Alegre continue forte e disputando competições importantes”, explicou o mandatário do Pousão.

Inativo por mais de 20 anos, o Pouso Alegre voltou ao futebol em 2018 para a disputa da Segunda Divisão do Campeonato Mineiro (equivalente a terceira estadual). Em pouco tempo a equipe do sul de Minas conquistou dois acessos e chegou à elite estadual, além de disputar a Copa do Brasil, onde chegou na segunda fase e foi eliminado nos pênaltis pelo Coritiba. Na sequência chegou ao vice-campeonato da Série D e conquistou uma vaga na Terceira Divisão nacional.

O time, que completa 110 anos em novembro, é um dos únicos no Brasil que não tem dívidas. O presidente, durante a coletiva realizada na última semana, apresentou certidões negativas que comprovam estar em dia com todas as suas responsabilidades fiscais, além de não possuir nenhum processo trabalhista.

“Desde que o Pouso Alegre voltou sempre trabalhamos com os pés no chão. Nossa ideia é seguir sem dívidas, uma vez que o clube é um patrimônio da cidade. Se tiver que parar o futebol profissional por falta de dinheiro, assim faremos, infelizmente”, afirmou.

“Nossa ideia sempre foi usar o futebol como meio social. Hoje mais de 120 jovens estão nas categorias de base do clube. Temos uma média boa de público, formado em sua maioria por famílias não só da cidade, mas também de toda a região”, concluiu.

NOVA NEGOCIAÇÃO DE SAF?

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