Portuguesa negocia local para mandar jogos na Série D durante reformas no Canindé

Durante o Campeonato Paulista, a Lusa utilizou o Pacaembu, mas o alto custo operacional inviabiliza a permanência no estádio para a disputa da quarta divisão nacional.

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Lusa está próxima de fechar acordo para atuar em Santana de Parnaíba. (Foto - Redes Sociais)

São Paulo, SP, 19, (AFI) – Sem poder utilizar o Canindé, fechado para reformas desde janeiro, a Portuguesa está em fase final de negociação para mandar seus jogos na Série D do Campeonato Brasileiro no Estádio Municipal Gabriel Marques da Silva, em Santana de Parnaíba. O clube optou pelo local principalmente por conta do gramado sintético, que oferece melhores condições de jogo e manutenção mais acessível.

Durante o Campeonato Paulista, a Lusa utilizou o Pacaembu, mas o alto custo operacional inviabiliza a permanência no estádio para a disputa da quarta divisão nacional. Outra alternativa considerada foi a Fazendinha, do Corinthians, mas devido à grande quantidade de partidas das categorias de base e do time feminino do Timão, a Portuguesa preferiu buscar um novo local.

NOVO CANINDÉ

O motivo para essa busca por um novo estádio é a reestruturação completa do Canindé, que será transformado em uma arena multiuso. O projeto, viabilizado após a transformação da Portuguesa em SAF no final de 2024, conta com um aporte de R$ 1 bilhão, sendo R$ 500 milhões destinados apenas à reforma do estádio.

O novo Canindé seguirá um modelo de gestão parecido com o do Allianz Parque, do Palmeiras. A Portuguesa terá 100% da receita de bilheteria, enquanto a administradora do estádio, a empresa Revee, ficará responsável pelos eventos e shows, repassando uma porcentagem dos lucros ao clube.

Além da parte esportiva, a nova arena contará com boulevard, hotel com 220 suítes, edifício garagem para 3.400 vagas e espaços comerciais. A expectativa é que o novo Canindé tenha capacidade para 35 mil torcedores em jogos e 50 mil pessoas em eventos e shows.

IMPACTO ESPORTIVO

A previsão é que a nova arena seja inaugurada em 2028, e o grande desafio da Portuguesa será encontrar um equilíbrio entre o calendário do time e os eventos do estádio. Assim como acontece com o Palmeiras no Allianz Parque, a Lusa poderá ter que buscar outros locais para atuar quando houver conflitos de agenda.

Para minimizar esses impactos, a Revee pretende oferecer à Portuguesa a possibilidade de mandar jogos em outros estádios administrados pela empresa, como a Fonte Luminosa, em Araraquara, e, futuramente, a Arena das Dunas, em Natal.

Apesar de todas essas mudanças, o objetivo da SAF da Portuguesa é levar o time de volta à elite do futebol brasileiro até 2028 e tornar o novo Canindé um marco para a cidade de São Paulo. Enquanto isso, a Lusa segue em busca de alternativas para disputar seus jogos na Série D, com Santana de Parnaíba despontando como a solução mais viável.

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