Por que a insistência com o irregular João Lucas no time da Ponte Preta?
Atleta tem jogado mal nas últimas partidas, mas é mantido na equipe
Por que a insistência com o irregular João Lucas no time da Ponte Preta?
O assunto é Ponte Preta, mas é necessário que se recorra a um exemplo no jogo em que o Oeste empatou com o Guarani sem gols, na terça-feira, como ilustração.
Treinador com coragem de sacar atleta mal no jogo, ainda no primeiro tempo, só merece aplausos. Ao tomar a atitude, claro está que ele sai em defesa de sua agremiação e descarta o paternalismo.
Pois agiu corretamente o treinador do Oeste, Roberto Cavalo, quando substituiu o lateral-esquerdo Ricardo aos 30 minutos do primeiro tempo, optando por Guilherme Romon como substituto.
Não cabe o argumento que Cavalo só mexeu porque Ricardo estava ‘amarelado’. Nessa circunstância, é praxe o ‘treineiro’ esperar o intervalo para tomar providência.
AVENIDA PERIGOSA
O certo é que Cavalo percebeu claramente que o lado esquerdo de sua defesa havia se transformado numa avenida perigosa, que exigia sucessivas coberturas do quarto-zagueiro Leandro Amaro. E antes do caldo engrossar de vez, não pensou duas vezes em mudar.
Por que esse preâmbulo? Simples. Pra mostrar que nos últimos três jogos o lateral-esquerdo João Lucas, da Ponte Preta, transformou o seu setor numa ‘avenidona’ bem convidativa para que adversários a explorem, e o treinador Gilson Kleina faz de conta que não vê, ou fica morrendo de dó de sacá-lo.
Se pelo menos João Lucas tivesse rendimento compensado ofensivamente seria permitido alguém fazer o contraponto.
O atleta está com incrível paúra para jogar. Desfaz-se de bola rapidinho, na maioria das vezes recuando-a para quarto-zagueiro ou volante que encostam como opção.
CORREÇÃO
A rigor, quando foi anunciado o interesse da Ponte pela contratação de João Lucas, a coluna registrou que era jogador com deficiência na marcação nos tempos de Novorizontino. Ao trazê-lo, de certo apostaram na correção desse quesito.
Evidente que nesse espaço também foi ressaltado a capacidade de João Lucas conduzir a bola ao ataque, e destemor para chegar ao fundo de campo.
Todavia, ultimamente ele não faz uma coisa e nem outra.
Oxalá possa começar a se redimir nesta quinta-feira, por ocasião do jogo da Ponte Preta contra o Cruzeiro, em Campinas.
O correto, mesmo, seria nem ser escalado. Será que o reserva Fernandinho sequer está dando pro gasto?