Ponte sofre a velha lição de quem não faz toma: derrota por 3 a 1
Marcelo Carné pratica defesas e Juventude, bem dirigido por Pintado, aproveita chances no ataque
Ponte sofre a velha lição de quem não faz toma: derrota por 3 a 1
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Dê um repasse pelas variantes corriqueiras do futebol e veja que a Ponte Preta pode se encaixar em várias delas nesta derrota por 3 a 1 para o Juventude, na noite deste sábado em Campinas.
Durante o primeiro tempo ela criou chances para estabelecer vantagem até com folga no placar, mas esbarrou nas precisas defesas do goleiro Marcelo Carné.
A primeira em arremate do atacante Moisés logo aos três minutos.
Depois quando Carné fechou o ângulo do lateral Apodi, que apareceu livre, porém demorou pra finalizar.
E a meta do Juventude deixou de cair duas vezes consecutivas quando Carné neutralizou chute do atacante Bruno Rodrigues, e no rebote o lateral-direito Igor, do Juventude, de calcanhar, salvou gol certo do centroavante Matheus Peixoto. Isso com o goleiro já batido.
Foram criadas essas oportunidades por quem propôs o jogo e soube inicialmente explorar deficiências de marcação do lado esquerdo do time gaúcho.
Percebendo o envolvimento da Ponte por ali, o treinador interino Fábio Moreno até inverteu os extremas de lado, com a colocação de Bruno Rodrigues, para explorar a vantagem.
APODI
Mesmo com o treinador Pintado, do Juventude, tentando reforçar a marcação pelo setor esquerdo, com a fixação do meio-campista Buchecha, a Ponte levava vantagem, principalmente através das incursões de Apodi.
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E a Ponte não enfrentava qualquer um desta Série B do Campeonato Brasileiro.
O Juventude é postulante ao acesso para o Brasileirão de 2021, e mesmo sem destaques individuais se vale da aproximação de jogadores para trabalhar a bola.
O pior para a Ponte naquele período é que deixou de aproveitar as chances criadas e sofreu gol na primeira investida contundente do Juventude, que se aproveitou de erro de marcação do lado esquerdo pontepretano, o que facilitou o arremate certeiro do lateral Igor, aos 24 minutos.
PINTADO CORRIGE
Treinador Pintado do Juventude, rodado no futebol, teve duas percepções em sua equipe durante o primeiro tempo.
Primeira foi sacar o improdutivo atacante Roberto – ex-Ponte Preta – e assim colocar o meia Renato Cajá pra cadenciar a sua equipe.
Segunda, e principal, seria neutralizar as investidas da Ponte com Apodi pela direita.
Foi quando ordenou que o jogador Breno ocupasse o lado esquerdo de seu ataque, para, em última análise, inibir avanços de Apodi.
Depois, preocupado com as oscilações do quarto-zagueiro Nery Barreiro na cobertura do lateral-esquerdo Eltinho, trocou de lado o posicionamento dos zagueiros, e revigorou a faixa esquerda de sua defesa com Wellington.
Claro que também foi beneficiado pela postura de Fábio Moreno, que recomendou a volta de Bruno Rodrigues para o lado esquerdo, embora tivesse travado duelo com Igor, e com isso evitando que ele avançasse.
PÊNALTI
E numa das arrancadas, Bruno Rodrigues fez a diagonal e cavou pênalti ao tropeçar na perna de Wellington. O lance foi assinado pelo árbitro Emerson Ferreira e convertido por Matheus Peixoto aos oito minutos.
Ao retomar a função inicial pela direita, Moisés já não ratificou o rendimento, e por isso foi trocado por Guilherme Pato.
Só que decisão serviu de alívio para a marcação do Juventude pelo setor, àquela altura preocupado em administrar o empate.
Foi quando num erro de passe de Matheus Peixoto, o desdobramento da jogada implicou na chegada da bola ao atacante Dalberto do Juventude, que a protegeu à frente do zagueiro Alison, da Ponte, e rolou para chute indefensável de Bochecha.
Se caiu do céu o segundo gol para o Juventude, o terceiro foi originado de contra-ataque e pênalti cometido por Apodi, interceptando a bola com o braço dentro da área. Aí o volante João Paulo converteu.
MARCELO OLIVEIRA
Embora o treinador Marcelo Oliveira será apresentado na Ponte Preta apenas na terça-feira, como sucessor de João Brigatti, de certo assistiu à derrota deste sábado e pelo menos dará alguns ‘pitacos’.
Seria um deles sobre o risco da escalação do zagueiro Alison? Foi observado, claro, que o lateral-esquerdo Ernandes continua não convencendo, e que Camilo – fora de ritmo – provavelmente não esteja em condições de iniciar a partida contra o Guarani, após ter participado de cerca de metade do segundo tempo deste sábado.
PROTESTOS
Torcedores pontepretanos ignoraram a quarentena e obrigatoriedade de se evitar aglomeração para fazer protesto defronte ao Estádio Moisés Lucarelli, ao final da partida, fato que exigiu deslocamento de viaturas da Polícia Militar para dispersão.
Há versões – não oficializadas – de que alguns torcedores teriam invadido o estádio.