Ponte Preta vai pegar um time faltoso, de chutões e correria

Além da perícia de Pio para cobrar faltas, Ponte Preta vai pegar time faltoso, de chutões e correria. Conheça um pouco do Fluzão, do Piauí.

O treinador Eduardo Santos tem priorizado a competição estadual e, logicamente a postura do Fluminense será mantida na Copa do Brasil.

Copa do Brasil - Teresina
Ponte Preta precisa tomar cuidados. Foto: Karen Fontes - PontePress

Campinas, SP, 27 (AFI) – No dia 20 de março de 2019, quando o Red Bull Brasil veio jogar contra o Guarani no Estádio Brinco de Ouro, pelo Campeonato Paulista, o então lateral-direito Pio, do time visitante, ajeitou a bola para cobrança de falta do ‘meio da rua’.

Ou melhor: poucos metros além do meio de campo, o bastante para que o narrador Dandan, do SporTV, debochasse:

– É daí, Pio? Sem chances. Se você fizer o gol paro de narrar e vou embora.

A potência do chute de Pio resultou em bola no ângulo esquerdo do goleiro Giovanni do Guarani, e, claro, Dandan se desculpou e rasgou elogios ao lateral-volante naquela vitória do Red Bull Brasil sobre os bugrinos por 2 a 1.
(Veja este gol abaixo e no pé da página outro gol dele marcado para o Fortaleza).

Eis a questão: esse rodadíssimo Pio, 35 anos de idade, é um dos volantes do Fluminense do Piauí, e provavelmente o principal trunfo de sua equipe para tentar surpreender a Ponte Preta, na estreia de ambos pela Copa do Brasil, em Teresina, capital do Piauí, na noite de terça-feira.

A pontaria e potência no chute foram mantidas com a camisa do time piauiense, o que indica que a boleirada da Ponte Preta deve se precaver com faltas desnecessárias, qualquer que seja a distância após a ultrapassagem do meio de campo.

https://www.youtube.com/watch?v=ngclNGzk_T4

CONTROLÁVEL

Afora esse aspecto que requer os devidos cuidados, quem viu jogos do Fluminense do Piauí, pelo campeonato regional, de certo teve a percepção de que esse pode ser um jogo controlável pela equipe pontepretana.

Cabe o devido esclarecimento que o treinador Eduardo Santos tem priorizado a competição estadual e, logicamente a postura será mantida na Copa do Brasil.

É recomendável a informação para que curiosos não se baseiam no retrospecto da equipe na Copa do Nordeste, de campanha decepcionante, porque o comandante tem escalado equipe alternativa, com chances para garotada da base.

QUEM É ESSE FLU (PI)?

Bem que procurei localizar vídeo gravado do jogo em que o Fluminense do Piauí venceu o Corisabbá de virada por 2 a 1, em Floriano, na tarde deste sábado, pelo campeonato regional, quando sobra na liderança.

Talvez tenha sido até melhor não ter conferido, pois o treinador Eduardo Santos optou por poupar alguns titulares, visando a partida contra a Ponte Preta.

Assim, como a avaliação do jogo deste sábado, novamente contra o Corisabbá, seria subjetiva, melhor foi recorrer às imagens que a TV Cidade Verde de Teresina postou no You Tube, do jogo entre ambos válido pelo primeiro turno, com idêntico placar favorável ao Fluminense (PI).

Esse confronto foi realizado no dia 14 de janeiro, no péssimo gramado do acanhado Estádio José Teixeira Santos, na cidade Pedro II, opção de mando de jogos do Fluminense no Campeonato Piauiense, diferentemente da Copa do Brasil em que o local da partida contra a Ponte Preta será Teresina, capital daquele Estado.

CHUTÕES, FALTAS E CORRERIA

Neste jogo de janeiro, com escalação dos titulares, o Fluminense (PI) mostrou a sua verdadeira cara, que de certo será repetida contra a Ponte Preta nesta terça-feira, a começar por correria.

Quando um jogador do Corisabbá pegava na bola, na maioria das vezes dois do Flu de lá se aproximavam para o combate, na tentativa de desarme.

Sair jogando de trás? Uma raridade para o Flu. Bastava marcação com linha alta do adversário para a ‘becaiada’ do tricolor dar chutões pro lado em que o nariz estivesse virado.

Sem a bola, a boleirada de lá chega junto, picota o jogo e, por vezes abusa de jogadas viris, com complacência da arbitragem. E haja reclamação quando a falta é marcada, com o viciado argumento de que ‘foi na bola’.

CARLOS HENRIQUE

De certo o treinador Hélio dos Anjos, da Ponte Preta, já tem uma radiografia do Fluminense (PI), e assim sabe que o lateral-direito Carlos Henrique mostra volúpia ofensiva, com o fôlego para fazer o vaivém.

Tecnicamente é limitado, mas estica a bola e procura acompanhá-la como alternativa de transição rápida ao ataque.

Ao chegar ao fundo de campo, invariavelmente o lateral faz cruzamentos, geralmente esperando a chegada de três ou até quatro companheiros para o complemento da jogada.

Um dos gols contra o Corisabbá, em janeiro, foi exatamente neste estilo, convertido pelo atacante Augusto.

O reverso da moeda é que, os avanços abusivos do lateral Carlos Henrique implicam, por vezes, em buracos nas costas, com transferência de incumbência ao zagueiro Lucão, 32 anos, natural de Santa Bárbara d’Oeste (SP), para cobri-lo.

Claro que o atacante pontepretano de beirada Pablo Dyego, no lado esquerdo, pode se aproveitar disso e desenhar o caminho da vitória de sua equipe.

COBRANÇA DE FALTA

Goleiro Jeferson, daquele tricolor, ainda preserva defeito corriqueiro daqueles do passado, durante cobranças de faltas de adversários, quando se posicionavam no lado oposto à barreira, quase rente ao poste, e assim deixando outro canto livre para cobradores com a perícia em encobri-la.

Logo, neste particular, que falta faz o meia Élvis para este jogo!

Teria hora pior para sofrer lesão muscular, quando de seus pés a Ponte Preta certamente teria como explorar esta particularidade?

JOGO PRA GANHAR

O imortal bordão de que ‘o jogo é jogado e o lambari é pescado’ recomenda prudência em quaisquer circunstâncias, no futebol.

Claro que o imponderável anda ‘solto’ por aí, para mostrar que todo cuidado é pouco.

Sim, mas é evidente que em circunstâncias normais a Ponte Preta é bem superior ao Fluminense (PI) e, por isso, pode ser apontada como favorita neste primeiro embate na ‘competição dos milhões’. 

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