Série B: Ponte Preta transformou a vida de muitos treinadores
Hélio dos Anjos foi o último técnico que passou e ganhou um título depois de 54 anos. Felipe Moreira assume e tenta o acesso para o Brasileiro série A.
Listamos alguns destes profissionais para relembrar os treinadores que foram tratados como "patinho feio" e superaram a desconfiança.
Campinas, SP,20 (AFI) A lista de profissionais criados na base da Ponte Preta que enfrentarem a desconfiança dentro da “própria casa” e, posteriormente se tornaram treinadores de sucesso, é extensa. Além dos pratas-da-casa, existem aqueles vieram para o Majestoso como meros desconhecidos em início de carreira.
Em comum, cada um deles viu sua carreira decolar depois de superar as dificuldades inerentes em um clube de massa, que conta com uma torcida apaixonada e exigente como a Ponte Preta.
Listamos alguns destes profissionais para relembrar os treinadores que foram tratados como “patinho feio” e superaram a desconfiança.
O maior de todos
Cilinho saiu da base alvinegra para se tornar o treinador que mais comandou a Macaca na história. Sua carreira ganhou asas e ele fez história no futebol nacional, chegando a recusar convite para dirigir a Seleção Brasileira por convicções pessoais.
Amor incondicional
Zé Duarte, que também saiu das fileiras do Majestoso, comandou o time nas finais históricas de 1977 e 1979.
O capitão que aprendeu a lição
Jair Picerni, lateral do time vice-campeão de 1977, se tornaria vice-campeão como treinador em 1981. Também decolou depois de sofrer críticas severas das arquibancadas.
Da lateral para o mundo
Nelsinho Batista, atleta no título de 1969, chegou como treinador em 1986, depois de estrear na carreira no São Bento. Não tinha nenhum grande trabalho em seu currículo. Mas, depois, que saiu da Ponte desandou a colecionar títulos e reconhecimento em nível nacional e até internacional.
“Filho de peixe…”
Seu filho, Eduardo Baptista, que tentou ser jogador atuando na base da Macaca, logo virou preparador físico e, posteriormente, assumiu como técnico. Retornou ao Majestoso sob olhares desconfiados da massa, mas fez um grande trabalho. Tanto que da Ponte foi parar no Palmeiras e sua carreira ganhou uma nova dimensão.
De amigo a vencedor
Ex-goleiro, Sergio Guedes foi contratado no final de 2007 como “amigo do presidente”. Seu currículo contava apenas com uma breve a tímida campanha com a Portuguesa Santista. Sua missão era formar um time competitivo para a temporada seguinte. Tornou-se vice-campeão paulista e mudou de padrão como treinador.
Da base para o sucesso
Marco Aurélio Moreira, que era técnico do Sub20, foi chamado às pressas pelo então diretor de futebol Marco Antonio Eberlin, para assumir o profissional que vivia com sério risco de rebaixamento no Brasileirão de 1998. Encheu o time de garotos – entre eles Luís Fabiano – e a Macaca se manteve na elite.
Da Ponte, Marco Aurélio que ainda hoje é criticado por valorizar a posse e bola e adotar esquema de jogo precavido, acabaria assumindo o Cruzeiro e se tornaria campeão da Tríplice Coroa. Depois, seguiu para outros grandes clubes e tabalhou no Japão.
O desconhecido que ganhou a massa
Gilson Kleina, até hoje lembrado por muitos torcedores em virtudes de grandes trabalhos – e alguns fracassos – no comando da Ponte foi contratado quando tinha em seu currículo passagens modestas pelo Villa Nova-MG, Iraty-PR, Criciúma, Paraná, Caldense-MG, Cianorte-PR, Paysandu, Coruripe-RN, Gama-DF, Ipatinga-MG, Caxias, Vila Nova, Duque de Caxias-RJ e Boavista-RJ. Do Majestoso, foi parar no Palmeiras e também mudou de padrão como treinador.
O estrategista admirado
Guto Ferreira, idolatrado por muitos pelo seu jogo estudioso, veio para a Ponte quando tinha passado pelo Noroeste, Penafiel-POR, Naval-POR, Corinthians-AL, XV de
Piracicaba, Mogi Mirim, Criciúma e ABC. Da Ponte, após realizar um bom trabalho, acabou chegando ao Internacional e hoje é cobiçado por clubes da Série A.
Herói do título
O “professor” Hélio dos Anjos desembarcou no Majestoso em fevereiro de 2022. Depois de um início não tão bom, chegou a passar um período sob críticas durante a Série B do Brasileiro, em que a Macaca ficou sob risco, mas reagiu e encerrou a temporada com campanha dentro das expectativas. No Paulista da A2, o time sobrou sob seu comando. Tanto que liderou do início ao fim e culminou com o título depois de quase 54 anos de jejum.
Esses relatos servem para provar o quanto é difícil a vida de um treinador de futebol. Num dia, ele está no Céu. No outro, pode estar nas trevas. E assim o jogo segue…
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