Ponte Preta tenta se 'reiventar' após agressões de 'minoria selvagem' da torcida
Nas costas do técnico Eduardo Baptista e dos acuados jogadores ficam a missão de salvar a Macaca do rebaixamento
Nas costas do técnico Eduardo Baptista e dos acuados jogadores ficam a missão de salvar a Macaca do rebaixamento
Campinas, SP, 26 (AFI) – O que era para ser um dia produtivo de trabalho na Ponte Preta acabou se transformando numa lamentação geral por conta das agressões sofridas pela delegação no dia anterior por um grupo de torcedores. O momento foi de juntar os cacos e tentar seguir adiante, mas agora com o time dentro da zona do rebaixamento, com 28 pontos, em 18.º lugar, na tabela do Campeonato Brasileiro.
A missão principal está nas mãos do técnico Eduardo Baptista, que estreou no lugar de Gilson Kleina com a derrota para a Chapecoense, por 1 a 0, na Arena Condá, no último domingo.
“Claro que todos ficaram assustados naquele momento. Mas temos que pensar lá na frente. Superação é a palavra certa, porque precisamos estar unidos neste momento delicado” – explicou.
LADO PSICOLÓGICO
De repente, o aspecto psicológico passou a ser o mais importante. No entanto, ele quer aproveitar estes dias para trabalhar os aspectos técnico e tático.
Espera contar também com as voltas de titulares importantes que foram poupados do último jogo por lesão: o goleiro Aranha, o meia Renato Cajá e o atacante Emerson Sheik.
O volante Fernando Bob está suspenso, mas o também volante Elton volta de suspensão automática.
SORRISO AMARELO
Na apresentação dos jogadores no período da tarde era visível o clima de desconfiança. Na segunda-feira a delegação foi cercada por um grupo estimado em 20 torcedores na chegada no Aeroporto de Viracopos.
Além dos xingamentos, houve agressão em cima do atacante Lucca e do volante Fernando Bob, e também no gerente de futebol Gustavo Bueno. O ônibus do clube – o Gorilão – também teve vidros e parte da lataria danificados.
Por conta disso, foi registrado um boletim de ocorrência (BO). Pela manhã, a diretoria divulgou uma nota de repúdio ao que considerou “uma ação agressiva e inadmissível de uma minoria”.
À tarde o presidente Vanderlei Pereira conversou com os jogadores na tentativa de tranquilizá-los, além de prometer ações legais cabíveis no caso.
“Nós queremos que os responsáveis sejam punidos e evitar que ações de maior gravidade possam ocorrer” – afirmou.
OPOSIÇÃO E PROMOÇÃO
Pereira também insinuou a participação de um grupo de oposição nas ações, mas conclamou o apoio de todos.
“Agora não é situação ou oposição, mas sim todos têm o dever de abraçar o clube, junto com a nossa torcida. Olha o exemplo da torcida do São Paulo que levou mais de 60 mil ao Morumbi”, completou.
Tanto que ele pensa em fazer uma promoção de ingressos para o jogo contra o Flamengo, na próxima segunda-feira à noite, no estádio Moisés Lucarelli. Inicialmente os valores seriam de R$ 40 e R$ 20, mas o dirigente admitiu uma promoção de última hora com preços simbólicos de R$ 10 e R$ 5.