Até que o empate por 1 a 1 não pode ser considerado resultado desprezível. A Ponte Preta se remontou e pegou um Mirassol muito bem estruturado.
A rigor, qualquer avaliação sobre esse jogo passa por várias situações diferentes de ambos os lados.
BLOG DO ARI
Campinas, SP, 21 (AFI) – Pra quem pouco esperava da Ponte Preta na estreia pelo Paulistão em Campinas, contra o Mirassol, na noite deste sábado, até que o empate por 1 a 1 não pode ser considerado resultado desprezível. A rigor, qualquer avaliação sobre esse jogo passa por várias situações diferentes de ambos os lados.
Como o Mirassol adiantou as linhas, nos primeiros minutos, forçou a Ponte Preta ao erro de passes, quando tentava começar as construções de jogadas de trás.
E mesmo sem a contundência para penetração na defensiva pontepretana, devido ao seu estilo de trocar passes sem pressa, o Mirassol teve chance de ouro para inaugurar o placar, mas o chute rasteiro do centroavante Dellatorre foi defendido pelo goleiro Pedro Rocha, da Ponte Preta, aos nove minutos.
JEH
Como ninguém consegue colocar em prática o esquema de ‘abafa’ por muito tempo, bastou o Mirassol dar uma afrouxada para que a Ponte Preta não só ‘respirasse’ como ganhasse confiança para se aproximar da área adversária, chegando até ao predomínio da partida.
Foi naquela ocasião que chegou ao seu gol através do centroavante Jeh, aos 20 minutos, pois diante da indecisão do zagueiro Luiz Otávio na marcação, ele acertou belo chute de canhota, com a bola colocada no canto alto direito do goleiro Alex Muralha.
E aproveitando aquele curto período de desestruturação do Mirassol, abalado pelo gol sofrido, a Ponte só não ampliou a vantagem porque na certeira cabeçada de Jeh, com bola no chão, Muralha praticou difícil defesa no canto esquerdo.
IAGO DIAS
Natural que em desvantagem no placar o Mirassol teria que forçosamente se atirar ao ataque em busca do empate, mas a sua atribuição foi simplificada casualmente devido à lesão do atacante de beirada pontepretano Iago Dias, o que obrigou a ser substituído por Paul Villero.
Acontece que Iago Dias conduzia a bola em velocidade pelo seu setor, e isso obrigava o lateral-direito Rodrigo Ferreira a se resguardar na posição.
Com a percepção que Villero não iria importuná-lo, ele passou a se mandar ao ataque, que na prática significa o ponto alto de seu futebol.
E pelo lado direito do ataque o Mirassol começou a construir jogadas, sem que fosse designado um volante da Ponte Preta para vigiar melhor aquele setor.
EMPATE
Foi assim que em jogada de Rodrigo Ferreira a bola foi passada para o meia Gabriel, já dentro da área, se antecipar a marcação de um adversário e empatar a partida aos 43 minutos do primeiro tempo.
E não fosse chance de ouro desperdiçada pelo atacante Fernandinho, o Mirassol teria virado o placar já nos acréscimos, em nova jogada construída pelo lado direito.
FÍSICO PESOU
No segundo tempo, o Mirassol, que voltou melhor, teve outra chance de ouro para virar o marcador, mas o dispersivo Dellatorre desperdiçou, mesmo ficando cara a cara com o goleiro Pedro Rocha, aos nove minutos.
E, já naquele período, dois aspectos implicaram no meio volume de jogo do Mirassol: o time da Ponte foi ‘morrendo’ fisicamente, e ainda contou com enfraquecimento na marcação no meio de campo, com a saída de Felipe Amaral para entrada de Léo Naldi.
Por sorte da Ponte Preta, o bom lateral-direito Rodrigo Ferreira, construtor das principais jogadas ofensivas do Mirassol, também sentiu cansaço e deixou de aparecer no ataque.
Assim, a partir da segunda metade do segundo tempo o jogo foi se arrastando já sem perspectiva que alguém pudesse chegar ao gol da vitória.