Ponte Preta: pela primeira vez são vistas virtudes no time
A vitória sobre o Confiança mostrou evolução na Macaca dentro da Série B
Dá para pontuar, sem que isso sirva para acobertar algumas situações que parecem insolúveis
Ponte Preta em alta. A exemplo do pontepretano João da Teixeira, tantos outros estão a perguntar se, enfim, o seu clube encontrou o caminho das pedras ao vencer o Confiança por 4 a 2, na tarde deste sábado em Campinas, e com isso se distanciou da zona da degola desta Série B do Campeonato Brasileiro.
Sim, pela primeira vez ao longo da competição dá pra pontuar coisas positivas na Ponte Preta, sem que isso sirva para acobertar algumas situações que parecem insolúveis.
Claro que qualquer análise sobre esta penúltima partida de ambos do primeiro turno da Série B passa por etapas distintas: primeiro quando a Ponte colocou intensidade nos contra-ataques; depois quando fez questão de reduzir o ritmo e pautar por administração de resultado.
Avaliações de que a Ponte Preta proporia o jogo, na condição de mandante, foram equivocadas.
Tem sido praxe em quaisquer dos jogos da equipe pontepretana inicialmente se postar com linhas baixas, para encurtar espaços de manobras dos adversários, mas procura o troco com velocidade nos contra-ataques.
ARMADILHA
Aí o Confiança caiu na armadilha, pois quis se soltar ao ataque e sequer levou em conta o risco de deixar os lados do campo de sua defesa com forte marcação.
Outros adversários da Ponte igualmente ofereceram espaços pelos lados do campo para que fossem explorados, porém as jogadas não prosperaram devido à contínuos erros de passes.
De repente, como num passe de mágica, houve drástica redução de erros deste expediente, contrastando com quem mal conseguia trocar de três a quatro passes.
Como as jogadas fluíam até as proximidades da área adversária, a expectativa era pelo complemento.
FESSIM
Quem diria que o meia Camilo, de capitão do time, fosse pra reserva, cedendo o lugar para Fessim?
Pois o mesmo meia Fessim, que andou tropeçando na bola em partidas anteriores, supreendentemente ‘roubou’ a cena de protagonista no time pontepretano.
Embora meia, executou papel dos tidos centroavantes que repartem a bola com defensores adversários, levam a melhor e a empurram pra rede.
Foi assim logo aos seis minutos quando o atacante Moises, deslocado pelo lado direito, fez preciso cruzamento no chão, e Fessim se antecipou à marcação e marcou 1 a 0.
Três minutos depois, ainda sobre o vulnerável lado esquerdo defensivo do Confiança, foi Niltinho quem cruzou e novamente Fessim, no estilo de se antecipar ao marcador, completou a jogada: 2 a 0.
E ainda no primeiro tempo, ficou na condição de pedir música ao Fantástico, mas o goleiro Michael, do Confiança, praticou defesa.
Além dos dois gols, Fessim ainda sofreu pênalti que resultou no terceiro gol da Ponte, através de Moisés, aos 17 minutos do segundo tempo, em lance de precipitação do lateral-direito Marcelinho, do Confiança, que cometeu a falta.
Aquele gol havia sido alívio à Ponte Preta, visto que ainda no primeiro tempo o Confiança havia marcado seu gol em cobrança de falta bem executada pelo lateral-esquerdo João Paulo.
CLEYLTON
A rigor, falta desnecessária cometida pelo limitadíssimo quarto-zagueiro Cleylton, da Ponte Preta, sobre o atacante Willian Santana, aos 39 minutos do primeiro tempo.
E quando a vitória pontepretana parecia consolidada, quando estabeleceu 3 a 1 no placar, novamente Cleylton provocou susto no torcedor ao perder jogada na velocidade, para o atacante Brocador, e cometeu falta quase na entrada da área.
Novamente João Paulo cobrou, a bola passou no meio da barreira e assim o goleiro Ivan foi traído: 3 a 2.
JOÃO VERAS
Paradoxalmente, o Confiança esteve perto de empatar em jogada pela esquerda de Luídio e chute cruzado, que passou perto da meta de Ivan, aos 49 minutos.
No lance seguinte, o meio-campista Rafael Villa, do time sergipano, deixou escapar bola que estava em seu pé, e disso se aproveitou o volante pontepretano Marcos Júnior para arrancada pelo lado esquerdo e passe ao atacante João Veras, que ampliou para 4 a 2.
