Ponte Preta não tira proveito nem do irreconhecível Tombense

A Macaca jamais pode desperdiçar a oportunidade de vencer, mesmo com todas as limitações de sua equipe. Perdeu dois pontos na tabela

O agravante para o Tombense, é que metade de seus jogadores parecia levar o jogo em ritmo de treino, sabe-se lá por qual motivo

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Ponte tropeçou no Tombense (Foto: Álvaro Jr./Ponte Press)

Campinas, SP, 3 (AFI) – BLOG DO ARI – Se há jogos em que a Ponte Preta jamais pode desperdiçar a oportunidade de vencer, mesmo com todas as limitações de sua equipe, um deles seria da manhã/tarde deste domingo em Campinas, contra o Tombense, no empate sem gols.

Quem se deu ao trabalho de ver o clube mineiro no empate pelo mesmo placar contra o CRB, na rodada anterior da Série B do Campeonato Brasileiro, chegou à lógica conclusão que os seus jogadores se arrastam em campo a partir da segunda metade do segundo tempo, conforme escrevi aqui em postagem anterior.

O agravante para o Tombense, agora diante da Ponte Preta, é que metade de seus jogadores parecia levar o jogo em ritmo de treino, sabe-se lá por qual motivo: desgaste da desproporcional logística de jogos ou o pessoal estranhou ter acordado muito cedo.

Quem já viu o lateral-direito David e meia-atacante Everton Galdino arrancar com a bola em jogos anteriores, certamente estranhou o desinteresse de ambos pela partida.

De prático, deste Tombense, apenas a costumeira planilha de procurar se defender, e nem assim a Ponte Preta soube tirar proveito.

E por que não soube?

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DESORGANIZAÇÃO

Não bastasse a limitação técnica dos jogadores pontepretanos, está claro que não há sentido de organização com finalidade de se concatenar jogadas que resultem em penetração na defesa adversária.

Se o time carece do meia organizador, que se compense com triangulações pelas beiradas do campo e cruzamentos rasteiros pra quem vem de trás.

Ora, mesmo sabendo-se da eficiência do Tombense no jogo aéreo defensivo, incrível como o time pontepretano insistiu neste expediente.

1º TEMPO HORROROSO

Parece conto da carochinha, mas na prática a equipe da Ponte Preta só fez o goleiro Felipe Garcia sujar o uniforme aos 47 minutos do primeiro tempo, quando se esticou desnecessariamente em chute rasteiro e fraco do lateral-esquerdo Jean Carlos, ao espalmar bola que sairia pela linha de fundo.

Claro que, como se previa, dos inoperantes atacantes do Tombense nada se poderia esperar. E com o agravante de seu treinador Bruno Pivetti ainda escalar o meia-atacante Renatinho, nitidamente um ex-atleta em atividade, e Keké, que jamais justificou a escalação
.

MAIS INTENSIDADE

Já no segundo tempo, o jogo foi se arrastando sem que ninguém criasse nada até que o lateral-esquerdo Manoel, do Tombense, tivesse, na prática, a melhor oportunidade da partida até então, e a desperdiçou, já dentro da área, com chute pra fora, aos 26 minutos.

A partir dali, com o esperado desgaste físico do Tombense, acrescido de trocas que reduziram ainda mais o equilíbrio da equipe, sobrou a chance de a Ponte Preta colocar mais intensidade ao jogo.

Para isso, usou com vantagem a entrada do lateral-direito Igor Formiga no lugar do cansado Norberto, para incursões válidas pelo setor, assim como houve vantagem na entrada do atacante Nicolas no lugar de Danilo Gomes.

CABECEIOS

O maior volume de jogo do time pontepretano sugeriu frequentes cruzamentos, dois deles perigosos.

No primeiro, o atacante Da Silva – que havia substituído Fessin – cabeceou para fora, e depois o zagueiro DG exigiu defesa com nível de dificuldade do goleiro Felipe Garcia.

Antes desta sequência, registro para cobrança de falta do atacante Lucca, mesmo sem ângulo, mas que obrigou o goleiro do Tombense a intervir.

E só.

Embora tenha insistido em finalizações de média e longa distância, ora a bola chegava fraca para defesa de Felipe Garcia, ora os chutes não tiveram direção.

DOS ANJOS

Se diante de um adversário teoricamente fraco a Ponte Preta não colocou em prática além de intensidade, volume de jogo, questiona-se se o treinador Hélio dos Anjos terá capacidade para extrair mais da equipe.

Não creditem apenas a limitação dos jogadores, pois na prática falta sim a cara do comandante neste time.

Dos Anjos falou em entrevista que o grupo tem respondido ao seu comando, e, quando tiver a percepção que isso deixar de ocorrer, se desliga do clube.

Na prática não é esta a linha de raciocínio que deveria ser absorvida pelos cartolas da Ponte.

Já passou da hora de observarem que clubes com menor potencial conseguem mostrar algo mais em campo.


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