Ponte Preta mira G-4 na Série B e segue com Felipe Moreira

Explicou a situação financeira do clube, expôs seus desafios na administração e confirmou Felipe Moreira como técnico até quando ele der retorno ao time

Eberlin - Ponte Preta
Marco Antônio Eberlin revela posições (Foto: Diego Almeida/Ponte Press)

Campinas, SP, 29 (AFI) – O presidente da Ponte Preta, Marco Antônio Eberlin, falou no final da tarde de segunda-feira, ao microfone da Rádio Central de Campinas e aproveitou para comentar vários assuntos relativos ao futuro do clube nesta temporada. Explicou a situação financeira do clube, expôs seus desafios na administração e confirmou Felipe Moreira como técnico até quando ele der retorno ao time.

Inicialmente ele comentou sobre o objetivo da Ponte Preta dentro do Campeonato Brasileiro da Série B. “Nosso objetivo inicial é ficar entre os quatro primeiros colocados na Série B, mas tivemos problemas e vamos acertar o time agora com o decorrer dos jogos. O Felipe Moreira vai amadurecer com as críticas, vai ficar cascudo. Nós vamos mantê-lo até o momento em que sentirmos que existe algo errado, quando os resultados não entrarem. Comigo não existe interino. É ou não é técnico” – sentenciou.

Numa análise rápida sobre a campanha até agora, em nove rodadas, do time ela acha boa. “Não gostei diante do Londrina, porque parecia que nosso time tinha comido uma feijoada. Realmente eu fiquei bravo. Mas contra o Ceará, que tem um grande elenco, nós fomos para cima e merecíamos vencer e bem, por muitos gols. Não deu”.

SALÁRIOS EM DIA
O dirigente garante que os salários, com muito esforço, não estão dois meses atrasados como muitos falam, principalmente nas redes sociais. “Os salários estão em dia. Podem falar com os jogadores, inclusive, até com Hélio dos Anjos nós acertamos tudo. A gente vai equacionando as contas, dentro das nossas possibilidades e dificuldades” – esclareceu.

Ele também falou sobre as ‘ondas’ nas redes sociais. “Se as redes sociais tiverem um pouco mais de paciência, acho que vai ajudar bastante. Existem pessoas maldosas, que só sabem criticar e ver o lado ruim. São oportunistas”.

DÍVIDA COM IMPOSTOS
Em relação à propalada dívida da Ponte Preta com impostos, o presidente também fez de ser transparente. “Não se paga impostos na Ponte Preta desde 1993. Existe uma dívida com isso em torno de R$ 57 a R$ 58 milhões. É uma herança maldita com muitas ações trabalhistas, ações de cobranças, até de ex-dirigentes e vamos tentando acertar tudo aos poucos”.

Em termos de relacionamento interno, Eberlin também garantiu não ter diferença com nenhum de seus pares. Recentemente, uma publicação do vice-presidente Marcos Garcia Costa suscitou dúvidas em relação ao relacionamento entre eles. “O Marcos Garcia até me procurou para explicar que foi mal interpretado. É só falarem com ele. O Marcos Garcia, eu vejo ele como um pai. Até em casamento há divergências, então, imagina dentro do futebol” – comparou.

Série B - Ponte Preta
Jeh é esperança Ponte Preta (Foto: Karen Alves/PontePress)


FUTEBOL E HERENÇA
O presidente também explicou que não gosta de ver seu vestiário cheio de diretores, conselheiros e torcedores. Pelo contrário, acha melhor deixar o grupo – comissão técnica e jogadores – trabalhar em paz. “O meu vestiário é extremamente vazio, só mesmo fica lá a comissão técnica e os jogadores. Eles se acertam, porque cada um sabe o que precisa fazer porque são cobrados por mim”.

Indagado sobre o que pode deixar de sua gestão para o futuro da Ponte Preta, o presidente foi bem pontual. “Legado? Pelo menos no departamento amador, pretendo deixar uma estrutura montada para que o clube possa seguir sua vocação de revelar jogadores” – respondeu. “Hoje existe um time. Quando cheguei, não tínhamos ninguém. Hoje temos um time base que é nosso. Mesmo com o departamento amador sucateado, nós conseguimos organizar e lançar novos valores com o bom trabalho do Edson Abrobão (técnico da base)”.


RECUPERAÇÃO EM TRÂNSITO
Depois, lembrou a situação difícil que assumiu o clube em 2022, e que um ano e meio depois a realidade é bem diferente.
Cheguei aqui com o Ivan e o Moisés vendidos e tinha que contratar 35 ou 40 jogadores. Hoje tenho goleiro que a torcida ama (Caíque França) e que tem contrato até ano que vem. O Matheus Silva tem dois anos, o Edson é da Ponte, o Jean Carlos também. Temos o meio-campo nosso com Feliphinho, Léo Naldi e Felipe Amaral; o Jeh é está ai com um percentual nosso; o Eliel é do clube e temos mais dois ou três jogadores da base que estão preparados para ser lançados em breve”.

Sobre Jeh e algum possível desentendimento com seus procuradores, o dirigente minimizou o fato e vê esperança em deixar o atacante como um dos melhores jogadores da posição no Brasil. Até brincou sobre o comportamento explosivo do artilheiro:
“O Jeh tinha seis ou sete parafusos soltos, mas agora são apenas dois. Está fácil de resolver, falta pouco” – concluiu.

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