Ponte Preta foi aguerrida, mas Aranha garantiu o bicho da boleirada

Time pontepretano soube se defender e surpreendeu o Timão em Campinas

Ponte Preta foi aguerrida, mas Aranha garantiu o bicho da boleirada

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Reacendem as esperanças de a Ponte Preta se manter na elite do futebol brasileiro com a vitória por 1 a 0 sobre o Corinthians, na tarde deste domingo em Campinas.

Foi uma vitória da aplicação dos jogadores pontepretanos, que souberam se defender e aproveitar uma das três oportunidades criadas ao longo do jogo. De quebra, quando a defesa foi vazada, o goleiro Aranha praticou pelo menos três defesas notáveis.

O treinador corintiano Fábio Carilli exagerou na dose ao respeitar demasiadamente o time pontepretano durante o primeiro tempo.

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Ele adotou estratégia de valorização de posse de bola, que implicou em excessiva lentidão. Provavelmente tivesse projetado que naturalmente seu time encontraria atalhos, com base nas repetidas falhas defensivas da Ponte Preta nas últimas partidas.

Todavia, a recomposição da Ponte era rápida. Colocava em prática forte marcação a partir do meio de campo, e assim quase não oferecia chances de penetração aos corintianos.

Naquela fase, o Corinthians só havia ameaçado quando Lucca perdeu bola bisonhamente e, em finalizações de Jadson e Rodriguinho, o goleiro Aranha rebateu. Aí, a bola sobrou ao volante Maicon que finalizou no travessão, aos 34 minutos.

GOL DE LUCCA

Mesmo a Ponte repetindo a ineficiência ofensiva, um erro do árbitro Marcelo Aparecido de Souza, ao não marcar impedimento do zagueiro Rodrigo em cabeceio, após cruzamento de Nino Paraíba, só não a colocou à frente do placar porque o goleiro Cássio se esticou e praticou difícil defesa.

Depois disso, a Ponte explorou uma das raras vezes que o lateral Jefferson foi ao fundo de campo, cruzou, e a bola foi ao encontro do atacante Lucca que, livre de marcação, testou de forma indefensável aos 40 minutos.

Era natural se prever que o Corinthians colocaria em prática mais velocidade no segundo tempo, principalmente com a entrada do atacante Clayson no lugar de Gabriel.

Evidente que a Ponte se resguardaria com redobrada vigilância sobre Clayson e optaria apenas pelos contra-ataques.

Foi aí que a partida praticamente se transformou em ataque contra defesa, ocasião em que o time pontepretano lutou bravamente e Aranha se encarregou de evitar o empate, principalmente em finalizações de Rodriguinho e Jadson e cabeçada de Jô.

Dos supostos contra-ataques pontepretanos no segundo tempo, apenas um cabe registro. Foi aos dez minutos, quando Lucca cruzou da direita e Sheik, livre, errou a cabeçada.

Além da bravura dos boleiros da Ponte para se defender e sustentar a vantagem, é preciso ser ressaltado o repertório de jogadas ensaiadas.

A troca de passes entre Danilo Barcelos e Jefferson pela esquerda e a bola cruzada por Lucca, pela direita, atestam o trabalho da semana nesse quesito.

Lances ofensivos de bola parada também foram colocados em prática, contudo sem que a boleirada observasse o posicionamento, na maioria das vezes em impedimento.

MÁ FASE

No Corinthians, a má fase de jogadores como os laterais Facner e Arana e o meia Jadson implicam em queda de rendimento.

Dá pra contar nos dedos quantas vezes Aranha levou a bola ao fundo de campo, como fazia habitualmente.

O Corinthians se transformou em equipe previsível, sem que Carilli tenha proporcionado outra opção para surpreender o adversário. Por isso corre risco de perder um título que estava praticamente ganho.