Ponte Preta e um 'funeral' antecipado
Irremediavelmente a Ponte Preta tombou, fracassou, caiu para a Série A2 de 2023. Agora é esperar o que a diretoria vai programar para o futuro
De quebra, o pontepretano ainda vê o rival Guarani passar à próxima fase do Paulistão com o empate sem gols em São Bernardo do Campos.
Campinas, SP, 19 (AFI) – A Ponte Preta caiu. Esperar o que de quem sequer fez a lição de casa e ficou no empate por 2 a 2 com o Ituano, como ocorreu com a Ponte Preta, na tarde deste sábado em Campinas?
Irremediavelmente a Ponte Preta tombou, fracassou, caiu para a Série A2 de 2023.
De quebra, o pontepretano ainda vê o rival Guarani passar à próxima fase do Paulistão com o empate sem gols em São Bernardo do Campos.
Sim, o Corinthians é franco favorito no confronto com o time bugrino, nas quartas de final, mas e o lucro pela classificação?
GUARANI LUCRA
Como em última análise o Guarani já assegurou a oitava colocação, o regulamento do Paulistão lhe assegura o prêmio mínimo de R$ 280 mil.
Além disso, pode ser projetada tremenda bolada de bilheteria para o jogo no Itaquerão.
Como arrecadações médias do Timão enquanto mandante beiram R$ 2,5 milhões e a divisão geralmente é feita em três partes, deve caber aos bugrinos por volta de R$ 500 mil, isso porque o vencedor fica com 60% da renda líquida.
PREJUÍZO NA A2
Enquanto isso, a Ponte Preta fica ‘lambendo o beiço’ pela incompetência de sua diretoria que sequer conseguiu montar um elenco razoável para este Paulistão.
Colar o fracasso devido à sequência de erros de diretorias anteriores não justifica.
Presidente Marco Eberlin e os homens do futebol do clube precisam explicar como a Ponte vai se programar daqui pra frente.
A remontagem do elenco encontra como primeiro obstáculo trazer jogadores de recursos técnicos com contratos estendidos apenas até novembro próximo, visto que a previsão orçamentária para a Série A2 implica em brutal redução de custo.
Se no presente Paulistão a receita da Ponte Preta beirou R$ 10 milhões, pela visibilidade de transmissões de jogos na televisão e Internet, a queda será brutal na A2.
Como buscar apelo para projeto de marketing visando propagação de marcas nas camisas dos jogadores em divisão inferior?
Premiação da A2? Quando o São Bernardo conquistou o título em 2021 recebeu apenas R$ 280 mil. É daí pra baixo que cada um recebe, conforme a pontuação.
SIGA O ENTERRO
Como o rebaixamento era coisa consumada nos meios pontepretanos, isso faz lembrar o bordão usado pelo saudoso radialista Renato Silva: ‘Quem beijou, beijou; quem não beijou não beija mais: feche o caixão e siga o enterro’.
A Ponte foi ‘enterrada’ no Paulistão.
Vai ressuscitar ano que vem?
Fica desconexo o planejamento pela exigência de administrar orçamentos bem diferentes.
DEU TUDO ERRADO
Não bastasse ter apenas empatado com o Ituano, a Ponte viu concorrentes diretos vencerem, casos de Santos e Ferroviária, neste sábado.
E só empatou com o Ituano porque colocou em prática muita transpiração e contou com erros defensivos do adversário.
Primeiro em pênalti que poderia ter sido evitado do zagueiro Léo Santos sobre Ribamar, que converteu a cobrança logo aos quatro minutos.
O mesmo Ribamar se antecipou ao defensor Cleberson, do Ituano, com 30 segundos após o intervalo, para recolocar a Ponte Preta à frente, ao explorar cruzamento de fundo de campo feito pelo volante Léo Naldi.
FABRÍCIO E THIAGO LOPES
A exemplo de defensores do Ituano, a dupla de zaga pontepretana falhou nos dois gols sofridos.
Confirmando-se a tese de que não é jogador confiável, Fabrício chegou atrasado na disputa de bola com Rafael Elias e cometeu falta desnecessária.
A perfeita cobrança de Kaio não permitiu qualquer chance de defesa ao goleiro Ygor Vinhas, aos 39 minutos do primeiro tempo.
Na etapa complementar, aos 21 minutos, foi a vez do zagueiro pontepretano Thiago Lopes perder disputa de bola para Rafael Elias e comprometer a sua equipe. O passe foi endereçado ao meia Gerson Magrão, que acertou chute indefensável: 2 a 2.
REFORMULAÇÃO
Agora, inadiável se torna reformulação gradual no elenco pontepretano.
Contratações equivocadas como de Fabrício, Kevin, Wesley, Pedro Júnior, Fessin, Josiel e Niltinho precisam ser corrigidas.
Pra recomeço de trabalho, natural que se rompesse também o contrato do treinador Hélio dos Anjos, que insistiu em jogadores nada recomendáveis como titulares.
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