Ponte Preta deve R$ 250 milhões e vai se unir a investidores e parceiros
Estas parcerias começaram a ser alinhadas mesmo antes da eleição em novembro
Apesar da dívida em torno de R$ 20 milhões a curto prazo, cartola promete pagar salários em dia
Campinas, SP, 27 (AFI) – Ponte Preta na véspera de mudança de comando. A quatro dias de assumir a presidência da Ponte Preta, Marco Antônio Eberlin, mais uma vez expôs suas ideias e planos para comandar o clube a partir do dia 1.º de janeiro.
No programa ‘Donos da Bola’, da TV Bandeirantes-Campinas, ele revelou, entre tantos pontos, estimar que o clube deve perto de R$ 20 milhões a curto prazo e R$ 250 milhões num total e que vai ter que se aliar a investidores e parceiros para montar o time na próxima temporada.
NÚMEROS NEGATIVOS
Embora ainda não saiba a fundo a situação financeira do clube, o dirigente diz ter números provisórios e que a dívida a curto e médio prazos giram em torno de R$ 10 a R$ 21 milhões. De uma forma geral, a Macaca estaria devendo em torno de R$ 250 milhões.
Apesar das dificuldades, ele diz estar trabalhando para acertar a quitação com funcionários e jogadores do 13.º salário, além do mês de janeiro e de fevereiro.
“Já tenho garantido o mês de janeiro, o que vai dar tranquilidade para a gente começar a trabalhar. E fevereiro também está quase fechado” – comentou.
INVESTIDORES E PARCEIROS
Sobre a forma de montar um elenco sem recursos, o presidente eleito admite que neste momento só existe um caminho: buscar investidores ou parceiros.
“Nós já estamos fazendo isso. Temos muitos contatos que já vinham sendo feitos antes mesmo da eleição. Vamos procurar fazer o melhor para o clube” – ponderou.
Sobre o futuro do goleiro Ivan, sempre uma questão em pauta, ele preferiu ser cauteloso a dar uma posição.
“Não vi ainda a documentação dele e de outros jogadores. Quero ver tudo para saber o que fazer, mas o Ivan é um grande goleiro e, por isso, está sempre envolvido em muitas especulações”.
FUTEBOL E BASE
Eberlin revelou que se surpreendeu com a boa estrutura do departamento de futebol da Ponte Preta, baseada no CT do Jardim Eulina. Ele já contratou pessoas de confiança para trabalhar com ele no futebol profissional.
“Temos bons campos, uma bela academia, departamento médico equipado, fisioterapeutas e psicólogos. A estrutura é muito boa e se faltar alguma coisa a gente vai injetar alguma coisa a mais”.
Mas ele reconhece que agora não é possível se trabalhar a base, justamente, por falta de condições físicas.
“Não há mais infra-estrutura no clube para a formação de jogadores. Vamos iniciar a construção de um centro de treinamento ainda até o final de 2022 e esperamos que até o término do mandato (2025) tenhamos o CT pronto”.
Crítico ferrenho dos profissionais somente com base teórica, Eberlin acha que é possível se trabalhar cada categoria de uma forma, com um trabalho diferenciado, sempre priorizando os fundamentos do futebol.
“É preciso achar uma fórmula de equilíbrio, um conjunto entre o que há de moderno e do velho, com conhecimento e experiência”.