Ponte Preta correu risco de derrota para o Sampaio Corrêa

Que o pontepretano erga os olhos para o céu pelo time ter trazido empate sem gols de São Luís do Maranhão diante do Sampaio Corrêa

O que se esperar de um time que ao longo da partida finalizou apenas duas vezes em direção ao gol adversário? Este time é a Ponte Preta

Série B - Sampaio Correa 0 x 0 Ponte Preta
Ponte Preta pouco finalizou a gol. Foto: SCFC - Oficial

Campinas, SP, 24 (AFI) – Que o elenco da Ponte Preta é limitado, até um leigo na bola sabe. Todavia, só não enxerga quem não quer que o time seja treinado, mal escalado e mal posicionado. Logo, que o pontepretano erga os olhos para o céu pelo time ter trazido empate sem gols de São Luís do Maranhão, contra o Sampaio Corrêa, na noite desta quarta-feira.

O que se esperar de um time que ao longo da partida finalizou apenas duas vezes em direção ao gol adversário? Uma no primeiro tempo, quando o volante Léo Naldi arriscou chute rasteiro de fora da área e exigiu defesa do goleiro Luiz Daniel; outra com o atacante Pablo Dyego pegando fraco na bola, praticamente recuando-a ao goleiro.

Percebe-se que o time está sem comando quando um atleta ainda jovem, como o meia Matheus Jesus, fica ‘arriado’ no começo do segundo tempo, e apenas é substituído com 15 minutos, cedendo lugar para Cássio Gabriel, que pelo menos procurou correr.

JÚNIOR TAVARES

A desobediência tática do lateral-esquerdo Júnior Tavares em avançar e ignorar a prioridade de marcar Pimentinha, atacante canhoto de referência do Sampaio Corrêa pelo lado direito, foi absurda. Pois Tavares avançava constantemente, tomava bola nas costas, e mesmo quando guarnecia a posição dava incrível espaço para o driblador, e consequentemente acabava batido no duelo direto.

Teria o treinador interino da Ponte Preta, Felipe Moreira, instruído o seu lateral que o espaço para Pimentinha teria que ser encurtado? Se avisado, Júnior Tavares teria mantido a postura à revelia do comandante? Não convence o argumento que o volante Feliphinho teria sido orientado para dobrar a marcação e fazer a devida cobertura no setor.

Se Júnior Tavares ainda acrescentasse alguma coisa quando avançasse, ainda teria alguma justificativa.

Pois preferiu fazer aquilo que dá na ‘telha’ e colocou o seu time em risco. Por sorte da Ponte, Pimentinha é jogador de uns 60 minutos, se muito, pois cansa e facilita a marcação.

LUIZ FELIPE

Foi quando o Sampaio passou a explorar o lado esquerdo do ataque, em sobrecarga ao lateral-direito pontepretano Luiz Felipe, sem que fosse colocada em prática alternativa para se evitar o pior. Se a Ponte tivesse enfrentado um adversário com um pouco mais de qualidade, toda essa desarrumação flagrante da equipe seria evidenciada e dirigentes seriam cobrados para tomar a atrasada providência de contratar treinador.

Quem se dispuser a contra-argumentar, a estatística da partida está aí e não mente jamais, dizia o saudoso narrador de futebol Pereira Neto.

CHANCES DO SAMPAIO

Só durante o primeiro tempo, o Sampaio Corrêa teve nos pés de Pimentinha duas claras chances de chegar ao gol.

Na primeira tentativa, a Ponte foi salva pela trave. Na segunda, o goleiro Caíque França espalmou, após Júnior Tavares e Feliphinho levarem dribles desconcertantes do jogador referência ofensiva do Sampaio Corrêa.

DESMARCAR

Quando meias ou atacantes não procuram espaço vazio para se desmarcarem, objetivando situação de recebimento de passe em condições mais adequadas, esteja certo que é coisa de time mal treinado.

Isso foi flagrante no time pontepretano, com jogadores não se preocupando constantemente em se desmarcar.

Por causa de tamanho desarranjo, a Ponte Preta sofreu sufoco do também limitado Sampaio Corrêa, ora com finalizações travadas por seus defensores, ora por erros de pontaria do time maranhense.

JEH

Desculpa que a Ponte Preta atuou desfalcada mais uma vez não cola, até porque quando o centroavante Jeh está em campo falta-lhe a devida companhia para complemento de jogadas. Escalar o ineficiente atacante Dudu é contrariar a lógica, mesmo sabendo-se da produtividade duvidosa de Gui Pira.

Convenhamos que igualmente é inadmissível Pablo Dyego continuar com rendimento bem abaixo daquilo que já mostrou. São questões inadiáveis para se corrigir. Logo, que tomem as devidas providências, para se evitar que a torcida pontepretana continue apreensiva. 

 

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