Ponte Preta: aquilo de sempre e nova derrota na Série B
Aquela vitória sobre o Goiás, por 2 a 1, não era sinal de melhora do time
Foi apenas um prolongamento do calvário da Macaca dentro da Série B
A derrota da Ponte Preta para o Botafogo por 2 a 0, na noite deste domingo no Rio de Janeiro, foi o prolongamento do calvário da equipe nesta Série B do Campeonato Brasileiro.
Aquela vitória sobre o Goiás, por 2 a 1, com erro da arbitragem ao assinalar pênalti contra os visitantes, não significava indícios de melhora de rendimento ofensivo, pois afora a cobrança convertida pelo meia Camilo, somente outra chance foi criada e igualmente convertida pela equipe, através do atacante Rodrigão.
A história se repetiu no empate por 1 a 1 com o CRB, quando novamente Rodrigão aproveitou a isolada chance ao longo daquela partida. Portanto, novo aproveitamento de 100% das chances.
Reconhece-se como aspecto favorável à Ponte naquelas duas partidas o acerto do treinador Gilson Kleina em colocar a equipe na retranca e apostar em esporádicos contra-ataques.
E o enredo diante do Botafogo só não foi totalmente semelhante porque o mandante tropeçava na bola nos primeiros 15 minutos. Até dava campo para que a Ponte explorasse, mas como tirar proveito se o meio de campo não cria e a dependência ofensiva se restringe ao atacante Moisés?
E foi dele o cruzamento para cabeçada fraca de Camilo, praticamente recuando a bola ao goleiro Diego Loureiro durante o primeiro tempo.
FALHAS DE IVAN E KEVIN
Já o Botafogo, se não repetiu a performance convincente diante do Vasco, pelo menos aproveitou erro da Ponte Preta, ao doar o primeiro gol, aos 30 minutos.
A bola que o lateral-direito botafoguense Daniel Borges alçou para a área da Ponte, seria típica jogada morta se o lateral-direito Kevin estivesse convicto do posicionamento do goleiro Ivan.
Pois ele se precipitou no recuou de bola, sem perceber que o goleiro Ivan saía da meta de forma afoita e desnecessária. Gol contra.
TRÊS CHANCES
A diferença deste jogo da Ponte Preta para os dois anteriores é que agora por três vezes chances foram criadas.
No primeiro minuto do segundo tempo, Camilo ficou de frente para o gol, já dentro da área, mas em vez de finalizar deixou a bola passar, sugerindo que às suas costas teria um companheiro para o chute, e assim desperdiçou o lance.
A terceira e última chegada perigosa da Ponte foi quando João Veras acabou travado na finalização pelo zagueiro Carli, quando o Botafogo ainda vencia por 1 a 0.
O Botafogo sim teve chances para ampliar a vantagem a partir do segundo minuto, com Navarro lançado nas costas de Kevin e chutando a bola para fora, na saída do goleiro Ivan.
TRAVESSÃO
Como Kevin era uma avenida convidativa ao adversário, Diego Gonçalves fez jogada pessoal por ali, cruzou rasteiro e Rafael Navarro concluiu a jogada com bola no travessão.
Por fim, aos 43 minutos, em cruzamento de Warley, Rafael Moura, que havia substituído Navarro, antecipou-se a Kevin, e de cabeça ampliou a vantagem dos mandantes.
Considere também que o zagueiro Fábio Sanches falhou no lance, pois teoricamente ele teria a incumbência de acompanhar Rafael Moura.
GILSON KLEINA
Bombardeado por questões, durante entrevista coletiva, o treinador Gilson Kleina, da Ponte, mais uma vez se irritou.
Procurou defender seu lateral Kevin e ainda devolveu a pergunta ao repórter, cobrando reconhecimento pela atuação do atleta contra o CRB.
A insistência com Richard foi respondida trata-se de jogador tático, que Niltinho recuperou-se apenas recentemente da Covid-19 e que Yago está sendo preparado para entrar no time.
Críticas à escalação do atacante Josiel – na ausência do titular Rodrigão – foram explicadas como alternativa para o jogo aéreo e que João Veras apenas agora recuperou-se de lesão.