Ponte consegue ser pior de que a fraca Chapecoense; risco à vista

​Opções de banco para alterar o panorama são escassas no time pontepretano

Ponte consegue ser pior de que a fraca Chapecoense; risco à vista

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A Ponte Preta enfrentou uma das mais fracas equipes do Campeonato Brasileiro – caso da Chapecoense -, concorrente direta ao rebaixamento. Só que conseguiu ser pior que ela e perdeu por 1 a 0 na Arena Condá, interior catarinense, placar construído no primeiro tempo. Assim, flerta com a zona da degola.

Contra uma Chapecoense sem a mínima consistência ofensiva, com a inutilidade técnica do centroavante Wellington Paulista, o goleiro pontepretano João Carlos faz o favor de tomar um frangaço em chute do meio da rua do meio-campista Lucas Marques, aos 42 minutos.

Da Ponte que não havia ameaçado a meta do goleiro adversário Jandrei uma vez sequer, mudar ou não a equipe no intervalo?

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Aí o treinador Eduardo Baptista inventou. Quis mostrar que é estrategista e sacou o atacante Saraiva, improvisando o lateral-direito Jefferson na esquerda, pra fazer dobradinha com Danilo Barcelos.

Ou melhor: projetou liberdade para Danilo atacar, e assim Lucca não teria a obrigatoriedade de voltar à marcação, podendo, teoricamente, ter liberdade para atacar.

Talvez por desconhecer as limitações técnica de Danilo, o treinador apostou que pudesse acrescentar algo ofensivamente, mas na prática deve ter observado mais um dos incontáveis equívocos cometidos pelo gerente de futebol Gustavo Bueno em contratações.

CLAUDINHO

Por ainda desconhecer o elenco pontepretano, Eduardo Baptista foi na conversa de quem continua ligado no futebol do clube. Aí quis ver pra crer aquilo que acontece ao colocar o atacante Claudinho em campo, e espera ter visto em parte do segundo tempo.

Neste espaço o treinador foi alertado que Claudinho pouco ou nada acrescenta à equipe. Que seria recomendável sequer levá-lo ao banco de reservas.

De certo agora Eduardo Baptista deve ter comprovado que dá pra contar nos dedos de uma só mão quantas vezes o atleta acerta quando pega na bola.

E quando pretendeu ver a Ponte Preta ganhar mais consistência na organização e fortalecimento ofensivo, o treinador apostou no meia Léo Artur, que igualmente erra demais com a bola nos pés.

LUCCA

Quando se projetava que a individualidade do atacante Lucca ajudava a Ponte Preta a ganhar jogos, a torcida respirava. Agora, com regressão técnica do jogador, difícil apostar em alguém – exceto Emerson Sheik – que possa fazer alguma coisa diferente.

Exatamente por isso seria prudente a permanência de Saraiva na partida deste domingo, embora também não tenha pautado por regularidade.

Pra dizer que o time pontepretano não melhorou absolutamente nada em relação à era Gilson Kleina, pode ser apontado o redobrado cuidado defensivo na bola parada do adversário.

A entrada do volante Wendel serviu para melhorar a compactação no setor, embora ele não tenha acrescentado quando tentou a transição ao ataque.

A excessiva lentidão do volante Fernando Bob não recomenda camisa no time. E tem cometido mais faltas de que desarmado.

E só. A Ponte continua sem qualquer sentido de organização de jogadas para o centroavante Léo Gamalho.

Fosse um Campeonato Brasileiro de melhor nível técnico, a situação da Ponte Preta estaria irremediavelmente arruinada.

Como tem time tão ou mais fraco de que ela, o que se espera é que Eduardo Baptista consiga tirar leite de pedra e salvá-la de rebaixamento.

Na resenha do treinador com a boleirada sobre o jogo em si, cabem puxões de orelha no zagueiro Marllon que recebeu cartão amarelo por reclamação, e Jefferson que entrou na catimba do adversário já nos acréscimos, ocasião em que a Ponte perdeu um minuto do tempo excedente.