Ponha na conta de Thiago Oliveira a derrapada da Ponte Preta
Ele foi culpado direto, sim, pelos dois gols sofridos pela Ponte Preta no empate por 2 a 2 com o Juventus, na tarde deste domingo, em Campinas.
Nada disso. O lema 'é, é; não é, não é' cabe em qualquer circunstância. Então, nada de se tapar o sol com a peneira neste jogo no Majestoso
Campinas, SP, 5 (AFI) – No futebol, evita-se crucificar diretamente o atleta que tenha cometido falhas grotescas em prejuízo à sua equipe, com busca de contornos do coletivo.
Nada disso. O lema ‘é, é; não é, não é’ cabe em qualquer circunstância.
Então, nada de se tapar o sol com a peneira. O zagueiro Thiago Oliveira foi culpado direto, sim, pelos dois gols sofridos pela Ponte Preta no empate por 2 a 2 com o Juventus, na tarde deste domingo, em Campinas.
PÊNALTI
Se até os 25 minutos do primeiro tempo o Juventus não havia criado absolutamente nada ofensivamente, ganhou um pênalti de graça pela imprudência de Thiago Oliveira, que segurou desnecessariamente o centroavante Bruno Moraes na área, ocasião em que acertadamente o árbitro João Vitor Gobi não titubeou.
Na cobrança, do mesmo juventino, o goleiro Caíque França rebateu para o interior de sua área, possibilitando que o próprio cobrador convertesse.
Se ainda no primeiro tempo a Ponte Preta chegou ao empate, Thiago Oliveira pecou ao marcar a sua própria sombra, quando Bruno Moraes foi lançado nas costas dele, aos 12 minutos do segundo tempo, em lance que determinou novamente vantagem ao Juventus: 2 a 1.
De certo aquilo serviu para acabar com a paciência do treinador pontepretano Hélio dos Santos, que aos 21 minutos decidiu sacar o zagueiro, mesmo que isso exigisse ajuste no miolo de zaga, com o deslocamento do lateral-esquerdo Arthur, propiciando a entrada de Jean Carlos na beirada.
Assim, o torcedor fica a perguntar o que o clube pretende com um zagueiro vacilante como Thiago Oliveira?
Não bastasse isso, ele abusa excessivamente de recuo de bola.
EMPATE JUSTO
O empate por 2 a 2 entre Ponte Preta e Juventus se ajustou perfeitamente as chances criadas por ambas equipes, até porque – quando sustentava a vantagem por 2 a 1 – o Juventus teve chance de ampliá-la aos 28 minutos, quando o zagueiro Mateus Silva deu espaço para Bruno Moraes dominar a bola e, no chute, a bola ‘beijar’ o poste esquerdo de Caíque França.
Afora as citadas falhas individuais, está claro que o time pontepretano precisa de ajustes, uma tarefa para o seu treinador Hélio dos Anjos.
Apesar de alguns lampejos ofensivos, é natural que o estreante lateral-direito Mailton ainda depende de adaptação ao estilo de jogo da equipe.
Na lateral-esquerda, nesta temporada, ainda não se viu aquela presença aguda de Arthur no ataque.
O entra e sai de volantes a cada partida tem implicado em desguarnecimento da cabeça da área.
Daí pra frente, o time não pode ficar basicamente na dependência da criatividade do meia Élvis.
PABLO DYEGO
Desfalcada do atacante de beirada Pablo Dyego, que sabe prender a bola à frente, a procura de melhor definição das jogadas, neste domingo o desperdício de bola no ataque, por individualidade exagerada dos jogadores, foi flagrante.
Sem Pablo Dyego, faltou conexão entre atletas do compartimento, o que facilitou o trabalho de destruição dos marcadores do Juventus.
Assim, na maioria das vezes o time pontepretano abusou de alçar bola à área adversária, principalmente no segundo tempo, com êxito restrito na cabeçada do volante Matheus Jesus, após cruzamento de trivela de Élvis, aos 41 minutos.
JEH
Antes disso, ainda no primeiro tempo, apenas dois lances de embaraço contra os juventinos.
Primeiro quando o centroavante Jeh apareceu driblando dentro da área, foi calçado pelo zagueiro Gilberto Alemão, com pênalti também desperdiçado pelo meia Élvis, em cobrança no centro do gol, porém com aproveitamento do rebote, aos 33 minutos: 1 a 1.
Aquele empate parecia ter despertado até o lateral Mailton – a princípio discreto – para se soltar ao ataque, quando serviu Matheus Jesus, mas a finalização parou nas mãos do goleiro André Dias.
Isso porque até a primeira metade do período inicial, embora tivesse o domínio do jogo, a Ponte Preta não conseguia jogadas criativas diante da defensiva juventina.
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FALHAS DEFENSIVAS
Quando parecia que a Ponte engrenaria, eis que o seu miolo de zaga voltou a bater cabeça, e por duas ocasiões o Juventus teve chances para chegar ao segundo gol, antes do intervalo.
Primeiro aos 47 minutos, quando Caíque França defendeu chute de Bruno Moraes já dentro da área, e posteriormente quando Jair teve liberdade para arrancar em contra-ataque, mas para sorte dos pontepretanos ele sentiu lesão muscular pouco antes da fraca finalização, defendida por Caíque.