Policial que atirou em jogador será julgado por 'lesão leve'
O sargento Edson de Souza Júnior chocou o Brasil depois de atirar uma bala de borracha no goleiro Ramon Souza dos Reis, do Grêmio Anápolis, em julho deste ano
Após análise da corregedoria da Polícia Militar do Estado de Goiás, foi concluído que o policial será julgado pelo crime de 'lesão leve'
Campinas, SP, 07 (AFI) – O sargento Edson de Souza Júnior chocou o Brasil depois de atirar uma bala de borracha no goleiro Ramon Souza dos Reis, do Grêmio Anápolis, em julho deste ano. Após análise da corregedoria da Polícia Militar do Estado de Goiás, foi concluído que o policial será julgado pelo crime de ‘lesão leve’, além de quatro transgressões disciplinares, podendo ficar de três meses a um ano detido.
Na partida entre Grêmio Anápolis e Centro-Oeste, uma confusão generalizada se instaurou no gramado, e após discussões e séries de ‘empurra empurra’, Edson efetuou o disparo de borracha com uma espingarda de calibre 12, diretamente na perna esquerda de Ramon, de 22 anos.
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AS VERSÕES DO POLICIAL E DO JOGADOR
Segundo o jogador, ele estava fazendo orações ao final da partida quando viu a confusão começar na lateral do campo. Ramon disse que se aproximou para tentar apaziguar a situação, e pediu para o sargento abaixar a arma depois dele empurrar um companheiro de equipe, o que inclusive, foi registrado em vídeo. Após este pedido, foi quando Edson efetuou o disparo.
Porém, segundo o policial, o goleiro do Grêmio Anápolis estava “muito alterado e transtornado”, e que teria feito diversas ofensas à equipe de segurança. O sargento afirmou que a vítima partiu em sua direção e utilizou palavrões, e por isso atirou. Mas nas imagens do ocorrido, Ramon Souza estava se afastando do grupo de policiais quando o gatilho foi apertado.
Em um relatório realizado pela corregedoria, ficou entendido que no “momento do disparo não havia nenhuma situação que exigisse a intervenção com a utilização de munição de impacto controlado”.
Ramon Souza dos Reis também entrou na Justiça contra o estado de Goiás na esfera cível, pedindo uma indenização por danos materiais, morais e estéticos no valor de R$ 257,2 mil. O jogador afirma que a ação do policial o afastou dos gramados por meses, podendo prejudicar diretamente a sua carreira como atleta.
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