Pobreza de Ponte Preta e Vila Nova só poderia resultar num zero a zero
Se a Ponte Preta tinha proposta de não perder em Goiânia e o Vila Nova não teve capacidade ofensiva pra ganhar o jogo, o empate sem gols se ajustou plenamente ao confronto entre ambos na noite deste sábado pelo Campeonato Brasileiro da Série B.
Lá se vão quase um quarto da competição e não esperem que esse time pontepretano vai empreender grande reação. Pode, sim, pela ruindade de adversários, até fugir desta zona de desconforto, mas lamentavelmente será apenas figurante neste campeonato caso não seja reforçado substancialmente.
CONTRA-ATAQUES
Se a proposta clara da Ponte Preta durante o primeiro tempo foi se resguardar e optar por contra-ataques puxados pelo atacante Moisés, no início do segundo tempo até que a equipe havia dado mostras de adiantar as linhas, para se aproximar mais do gol adversário.
Todavia, isso não passou de ensaio de uns dez minutos, pois na sequência o cenário foi de intensidade maior do time da casa e a Ponte sustentando esse pontinho que momentaneamente a tira da lanterna com sete pontos em nove jogos, e ainda na zona da degola.
MOISÉS
No primeiro tempo, como Moisés encontrava facilidade para escapar da marcação do fraco lateral-direito Danilo Belão, do Vila Nova, o adequado seria concentração de jogadores pontepretanos por ali, para fluxo nas jogadas.
Na prática, ele teve que insistir na individualidade por falta de aproximação, e naquele período criou duas situações de embaraço ao adversário.
Na primeira foi ao fundo, cruzou, mas o atacante Richard permitiu que Willian Formiga, do time goiano, interceptasse a bola para escanteio.
Depois, ao ‘limpar’ dois adversários com facilidade, errou bastante na finalização, quase da entrada da área.
Foi o período em que ele teve incumbência de recuar para organizar jogadas de ataque da Ponte, pois Camilo ficou mais avançado, para se aproximar do centroavante Rodrigão, que realizou partida apagadíssima.
CHANCES DO VILA
Antes dessas incursões da Ponte Preta, o Vila Nova deu indícios de que preocuparia quando o meia Cássio Gabriel exigiu defesa do goleiro Ygor Vinhas, e principalmente na jogada de fundo pelo lado direito, mas após bola cruzada o atacante Alesson finalizou mal, já dentro da área.
No mais, apesar do maior volume de jogo do time goiano, era clara a falta de criatividade, o que facilitou o comportamento defensivo da Ponte Preta para controlar a partida.
RENAN MOTTA
Das mudanças feitas pelas duas equipes durante o segundo tempo, o Vila Nova teve ganho com a saída do dispersivo Cássio Gabriel e entrada de Renan Motta, ex-Ponte Preta.
No mais, nem a entrada do meia Talles no posto de Camilo serviu para clarear positivamente ao time pontepretano.
No frigir dos ovos, viu-se duas equipes fracas, com erros excessivos de passes, que se valeram basicamente da disposição de seus jogadores, como o lateral-direito Kevin, que, por fim, realizou a sua melhor partida pela equipe campineira.