Copa do Mundo: Veja quais placares mais se repetiram na final
4 a 2 é o placar mais comum na decisão do torneio de seleções
Veja quais foram os placares que mais se repetiram em finais da Copa do Mundo
Doha, Catar, 17 – Presenciar a conquista de uma terceira taça de Mundial da história de um país é uma das poucas certezas que teremos no domingo, 18, quando as bicampeãs Argentina e França se enfrentarão para decidir a final da Copa do Mundo do Catar, no Estádio Lusail, ao meio-dia (horário de Brasília). O placar, por outro lado – e para o lamento dos que gostam de apostar e participar de bolões -, será descoberto só depois do apito final da partida.
Mas, para quem busca antever o resultado da decisão, pode ser interessante saber que o placar mais recorrente nas finais dos Mundiais não foi um 1 a 1, como visto entre França e Itália (2006), muito menos 1 a 0 com gol só na prorrogação, como aconteceu nas finais de Espanha x Holanda (2010) e Alemanha x Argentina (2014).
O resultado mais frequente, considerando o tempo de prorrogação, foi o mesmo da final passada, em 2018, quando os franceses derrotaram a Croácia por 4 a 2. O placar de seis gols, e tratado como goleada por muitos, voltou a se repetir outras três vezes, todas há mais de 50 anos: em 1930, em 1938 e 1966.
Na Copa do Catar, o placar mais comum foi o 1 a 0, que aconteceu sete vezes em 62 partidas disputadas. França e Argentina, porém, apresentam argumentos que afastam a possibilidade de uma final econômica em bolas nas redes: são os dois melhores ataques da competição (França fez 13 gols, e Argentina 12), além de ostentar os dois artilheiros do Mundial, Messi e Mbappé, com 5 gols cada, e também os vice-artilheiros do torneio, Julián Álvarez e Giroud, ambos com 4 tentos.
Outra prova de que o jogo pode ser aberto e franco é o último confronto entre as duas seleções. Em 2018, na Copa da Rússia, a França derrotou a Argentina, pelas oitavas de final, por 4 a 3, em partida com que teve duas viradas.
CONFRONTOS
Em 1930, na primeira Copa do Mundo, o Uruguai venceu a Argentina, com gols de Pablo Dorado, Pedro Cea, Victorino Santos e fechou a conta com Hector Castro, aos 44 do segundo tempo. O resultado, que sagrou o primeiro campeão Mundial da história, foi conquistado de virada, já que a Argentina chegou a fazer o 2 a 1 antes de terminar o primeiro tempo, com Carlos Peucelle, e Guillermo Stabile.
A segunda decisão que terminou em 4 a 2 foi oito anos depois, entre Itália e Hungria. Antes dos 10 minutos de jogo, Gino Colaussi e Pál Titkos já fizeram o placar sair do zero, com um gol para cada lado. Mas os italianos decidiram a final de forma rápida. Silvio Piola e Colaussi, mais uma vez, fizeram 3 a 1 antes do intervalo. No segundo tempo, Piola fez o quarto pouco depois de György Sárosi descontar para os húngaros.
Na decisão de 1966, em Wembley na Inglaterra, os donos da casa empataram a com a seleção da Aleamanha no tempo normal por 2 a 2. Na prorrgação, Geoff Hurst, que já tinha feito um gol no tempo normal, fez mais dois e conduziu a Inglaterra para o seu primeiro, e único, título de Copa do Mundo.
A final ficaria eternamente marcada pelo segundo gol Hurst no jogo (o do 3 a 2), que foi validado depois da bola arrematada pelo inglês ter batido no travessão e caído sobre a linha do gol. Os alemães alegam, até hoje, que a bola não entrou.
Mais de 50 anos anos depois, o 4 a 2 voltou a se repetir em uma Copa do Mundo. E o jogo foi, justamente, a da última final, entre França e Croácia, na Rússia. Os franceses abriram o placar com um gol contra de Mario Mandzukic.
Os croatas empataram com Perisic, mas voltaram a ficar atrás no placar após Griezmann fazer de pênalti para os franceses. Na segunda etapa, Pogba e Mbappé fizeram o terceiro e o quarto para a França, e Mandzukic descontou para a Croácia.
OUTROS PLACARES RECORRENTES NA COPA DO MUNDO
Outros três placares empatam em quantidade de repetições: o 3 a 1 (em 1962, 1978 e 1982), o 2 a 1 (1934, 1950 e 1974), e o magro 1 a 0 (1990, 2010 e 2014). Todos aconteceram três vezes.
Em 1950, partida em que o Brasil perdeu para o Uruguai, no Maracanã, está sendo considerado o jogo da taça. Na época, a fase final e que definiria o campeão da Copa foi disputada em forma de quadrangular – com Brasil, Uruguai, Suécia e Espanha -, em que as quatro equipes jogavam entre si. E o jogo que fez os uruguaios se sagrarem matematicamente campeão foi contra os brasileiros.
O 0 a 0, o mesmo que deu o quarto título para o Brasil em 1994, só aconteceu uma única vez, justamente no tetracampeonato brasileiro conquistado nos Estados Unidos. E o 1 a 1, outro empate não muito raro de acontecer, também só foi visto uma única vez em 21 finais, em 2006, na final entre Itália e França.
EQUILÍBRIO
Em termos de resultado, as finais de Copa do Mundo têm demonstrado na história um equilíbrio entre as duas melhores equipes do Mundial, embora apenas duas finais tenham sido decididas nos pênaltis depois de terminarem empatadas no tempo normal e na prorrogação. Das 21 decisões disputadas, somente três tiveram uma diferença acima de três gols. Curiosamente, o Brasil esteve em campo em todas elas: Brasil 5 x 2 Suécia (1958), Brasil 4 x 1 Itália (1970) e França 3 x 0 (1998).
Nos demais 18 resultados, a diferença foi, no máximo, de dois gols para o vencedor da final. A vitória por somente 1 gol de diferença aconteceu oito vezes, mesmo número de partidas em que o campeão derrotou o adversário por uma diferença de dois gols (veja a lista abaixo).
FREQUÊNCIA DE RESULTADOS EM FINAIS
Placares mais reccorrentes em finais da Copa do Mundo:
4 x 2 (4 vezes): 1930: Uruguai 4 x 2 Argentina; 1938: Itália 4 x 2 Hungria; 1966: Inglaterra 4 x 2 Alemanha; e 2018: França 4 x 2 Croácia;
3 x 1 (3 vezes): 1962: Brasil 3 x 1 Tchecoslováquia; 1978: Argentina 3 x 1 Holanda; 1982: Itália 3 x 1 Alemanha;
2 x 1 (3 vezes): 1934: Itália 2 x 1 Tchecoslováquia;1950: Uruguai 2 x 1 Brasil; 1974: Alemanha 2 x 1 Holanda;
1 x 0 (3 vezes): 1990: Alemanha 1 x 0 Argentina; 2010: Espanha 1 x 0 Holanda; 2014: Alemanha 1 x 0 Argentina;
3 x 2 (2 vezes): 1954: Alemanha 3 x 2 Hungria; 1986: Argentina 3 x 2 Alemanha;
5 x 2 (1 vez): 1958: Brasil 5 x 2 Suécia.
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